No Brasil, a inserção das mulheres nos espaços de poder e decisão é algo que vem sendo consumado após longas décadas de organização, mobilização e luta. Mas ao analisarmos a composição do senado federal, das assembleias legislativas, das câmaras, notaremos uma sub-representação.
De acordo com o relatório do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP-2018), houve uma renovação desde 1990 no Congresso Nacional, ao mesmo tempo que se observou uma fragmentação partidária e um conservadorismo forte em relação aos valores.
Para a Bancada Feminina da Alepa, ocupar o espaço político é a tomada de decisão mais importante para fazer valer a pena os direitos das mulheres.
Segundo a deputada professora Nilse Pinheiro, o fato de a Bancada Feminina estar realizando essa reunião ordinária é uma forma de chamar a atenção da sociedade, de mostrar à população que o trabalho está sendo realizado. “ Hoje estamos com a presença de órgãos que nos ajudam e que tem o nosso apoio na luta contra a violência das mulheres e seus direitos. Prestamos contas com a população através dessas reuniões”, observou a deputada.
A deputada Heloísa Guimarães disse que será realizado no mês de junho uma Audiência Pública para que seja debatido não só o direito da mulher, mas o poder da mulher. “Vamos abordar na audiência do 10 de junho, que será realizada no auditório João Batista, o poder feminino. Nós, aqui nesta Casa, estamos representando todas a mulheres do Estado e isso deve inspirar mais mulheres. A representatividade deve aumentar não somente neste Parlamento, mas em outras esferas. Temos que impor respeito enquanto mulher e liderança, é desafiador”, pontuou ela.
Para a delegada Sílvia Rego, responsável pela Diretoria de Prevenção à Violência (Diprev), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), esse é um momento de acerto do Estado e Parlamento Estadual. “Esse trabalho feito por essa bancada dá um diagnóstico e traz o resultado de uma forma integrada. Percebemos que as forças do Estado estão se unindo em prol de um único objetivo: a defesa, o respeito da mulher dentro da sociedade”, frisou.
“Peço que nossa região esteja dentro do trabalho realizado pela Bancada Feminina deste Poder. Marabá e demais regiões precisam da presença destas parlamentares, assim como do governo do Estado nas ações no combate à violência contra as mulheres”, destacou Priscila Veloso, vereadora de Marabá.
“É bom discutir e colocar em prática ações desse tipo, temos que buscar mais políticas públicas para as mulheres, em todos os sentidos. Sempre que a SEJUDH for convidada, estaremos participando, assegurando o direito da mulher”, pontuou Marcia Jorge, representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SEJUDH) e coordenadora de Integração de Política para as Mulheres da entidade.
Participaram também da reunião, a deputada Paula Gomes e Defensoria Pública.