Nova arrumação no tabuleiro de xadrez das pretensas mudanças climáticas provocadas pelos seres humanos que, de acordo com o braço ambiental da ONU, estão cometendo ‘planeticídio’. Desta feita o Banco Mundial está mergulhando de cabeça para que os países em desenvolvimento paguem pelas tais mudanças climáticas promovidas pelos países ricos. Pronto, está armada mais uma ‘casinha’ contra os países em desenvolvimento. Quem acreditava no Banco Mundial pode ir tirando o ‘cavalinho da chuva’
Quem denuncia a mudança de postura do Banco não é este escriba e sim reportagem de David Lawder, com reportagem adicional de David Milliken em Londres, redação adicional de Karin Strohecker, edição de Grant McCool, em 02/01/2023, “Banco Mundial busca mais fundos para enfrentar mudanças climáticas e outras crises”, que transcrevo trechos:
“O Banco Mundial está buscando expandir amplamente sua capacidade de empréstimo para lidar com a mudança climática e outras crises globais e negociará com acionistas antes das reuniões de abril propostas que incluem um aumento de capital e novas ferramentas de empréstimo, de acordo com um ‘roteiro de evolução’ visto pela Reuters na segunda-feira. O documento do roteiro – enviado aos governos acionistas – marca o início de um processo de negociação para alterar a missão e os recursos financeiros do banco e afastá-lo de um modelo de empréstimo específico para países e projetos usado desde sua criação no final da Segunda Guerra Mundial.
A direção do Banco Mundial pretende ter propostas concretas de mudança de missão, modelo operacional e capacidade financeira prontas para aprovação pelo Comitê Conjunto de Desenvolvimento do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em outubro, segundo o documento. Um porta-voz do Banco Mundial disse que o documento visa fornecer detalhes sobre o escopo, abordagem e cronograma para a evolução, com atualizações regulares para os acionistas e decisões no final do ano.
A reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento foi um tema de debate acirrado nos últimos meses, depois que os países em desenvolvimento enfrentaram pressão crescente da inflação, escassez de energia e alimentos alimentada pela guerra da Rússia na Ucrânia, desacelerando o crescimento, aumentando o peso da dívida e aumentando a vulnerabilidade aos choques climáticos. As pressões revelaram a inadequação das estruturas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) – projetadas no final da Segunda Guerra Mundial para se concentrar na reconstrução de economias em tempos de paz – para lidar com as calamidades globais atuais.
O credor de desenvolvimento explorará opções como um potencial novo aumento de capital, mudanças em sua estrutura de capital para liberar mais empréstimos e novas ferramentas de financiamento, como garantias para empréstimos do setor privado e outras formas de mobilizar mais capital privado, de acordo com o documento. Mas o Grupo do Banco Mundial (WBG) não está pronto para ceder às demandas de algumas organizações sem fins lucrativos para abandonar sua classificação de crédito de primeira linha de longa data para aumentar os empréstimos, afirmando: “A administração explorará todas as opções que aumentam a capacidade do WBG enquanto mantendo a classificação AAA das entidades do WBG.”
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, pediu ao Banco Mundial e outros que reformulem seus modelos de negócios para aumentar os empréstimos e aproveitar o capital privado para financiar investimentos que beneficiem o mundo de maneira mais ampla, como ajudar os países de renda média a se afastarem da energia do carvão. Um porta-voz do Tesouro dos EUA se recusou a comentar o documento do Banco Mundial. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha disse que o Reino Unido “apoia fortemente” as propostas do Banco Mundial para explorar todas as opções para aumentar ainda mais o apoio às economias emergentes e em desenvolvimento.
O banco disse que as propostas em consideração incluem limites estatutários de empréstimo mais altos, requisitos de capital para empréstimos mais baixos e o uso de capital exigível – dinheiro prometido, mas não pago pelos governos membros – para empréstimos. Especialistas em desenvolvimento dizem que essa mudança aumentaria muito a quantidade de empréstimos em comparação com a atual estrutura de capital, que utiliza apenas capital integralizado.
‘Os desafios que o mundo enfrenta exigem um grande aumento no apoio da comunidade internacional’, disse o banco no documento. Para que o WBG continue a desempenhar um papel central no desenvolvimento e no financiamento climático, será necessário um esforço conjunto dos acionistas e da administração para aumentar a capacidade de financiamento do WBG. O documento do roteiro adverte que o aumento de empréstimos para mudanças climáticas, assistência médica, segurança alimentar e outras necessidades pode exigir um aumento de capital para aumentar a capacidade do braço de empréstimos de renda média do Banco Mundial, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).”
Ao que parece o novo mercado trilhardário das mudanças climáticas inventado pela ONU vem aumentando a ‘gula’ dos países ricos para sugar os ‘parcos recursos’ dos países mais pobres para pagar os seus pecados. Está aberto o novo ‘tribunal do crime’ onde os criminosos julgam e condenam os ‘inocentes úteis’, com ajuda de juízes venais oriundos da ONU. Os países que caem na armadilha ultrapassam a simples definição de ‘burrice’, trata-se de pura ‘estultícia’ (atributo, característica do que é ou se apresenta de modo estúpido; tolice, parvoíce, estupidez). Caso alguém duvide basta consultar no ‘pai dos burros’, o dicionário, os conceitos de ‘financiamento’ e ‘empréstimo’.
E o Brasil como fica nesta história? Um país que emite uma quantidade irrisória e ridícula de gases de efeito estufa, 80% da energia gerada é limpa, os rios são navegáveis, os ambientalistas impedem a construção de novas usinas hidrelétricas e a boa notícia, que ninguém faz questão de divulgar, é que 80% da floresta amazônica original permanece praticamente intacta, para completar os brasileiros não são estultos e o nosso mundo rural fornece alimentos para o mundo. Confesso que não me dá nenhum prazer observar a estultícia alheia.
Em um país ideal, onde todos fossem honestos e responsáveis, todos os ambientalistas, ongueiros ambientais e colaboracionistas teriam sido condenados pelo crime de ‘lesa humanidade’, cumprindo penas de centenas de anos. A única citação cabível aqui é o título do livro do Fernando Gabeira, publicado em 1979 – O que é isso companheiro?
Banco mundial entra na “onda”
