Há bloqueios… sim, há bloqueios.
Bloqueios nas estradas estranguladas por vidas desviadas,
Rotas desfiguradas sem sentido, sem bom senso ou acolhida
são curvas derrapantes em rota de colisão, não há direção,
não há o ombro amigo empático e esclarecido, faz-se explosão.
terra arrasada, sonhos e lucidez detonadas a troco de nada.
Bloqueios nas estradas por desastres e desaparecidos…
São volumes imensos de barrancos desbarrancados,
Cascatas de lama da terra ferida a invadir caminhos e destinos.
Há bloqueios nas mentes dos caminhos desconectados,
com seres absortos e mergulhados nos arrotos dos alucinados.
Alucinados por enchentes de mentiras de um mundo em desalinho,
criação de bolhas, não de sabão, mas de egos inflamados pelos desvarios coletivos.
Há bloqueios de sentimentos, rompendo em alagados de risos ou lágrimas
diante do insondável, em prospecções de valores nos vales da insegurança ou
da miséria sem esperança diante dos temporais de vaidades banais dos poderes insanos
dos que se consideram senhores dos humanos, donos de vidas e sortes, rolando ribanceira abaixo em feroz movimento da Natureza ultrajada pelo descompasso da cobiça desumana.