A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se pronunciou nesta quinta-feira (19/6) sobre a nova alta na taxa básica de juros do país, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu de 14,75% ao ano para 15% ao ano — maior valor desde julho de 2006.
Gleisi, que foi crítica ferrenha do Banco Central durante a gestão de Roberto Campos Neto, adotou um tom mais moderado para criticar a decisão, agora que deixou de ser parlamentar para ser ministra de Lula, que indicou o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo. Em sua crítica, Gleisi não citou Galípolo diretamente.
A ministra afirmou que, no momento, o país tem combinado “desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança”.
“É incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, argumentou a petista.
Com a nova alta, o Copom engata a sétima alta consecutiva dos juros. O ciclo de aperto monetário teve início em setembro de 2024, quando o comitê decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.
A nova taxa de juros, de 15% ao ano, ficará vigente pelos próximos 45 dias.
Segundo comunicado após a reunião do Copom, a ação é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
Fonte: Metrópoles