Aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliaram como um “erro” o convite feito pelo ex-mandatário, em tom de brincadeira, para que o ministro do STF Alexandre de Moraes seja seu candidato a vice-presidente em 2026.
O convite, como noticiou a coluna, foi feito por Bolsonaro durante o interrogatório do ex-presidente da República no chamado inquérito do golpe, na tarde da terça-feira (10/6), na Primeira Turma do Supremo.
Nos bastidores, lideranças bolsonaristas avaliaram que o ex-presidente não deveria ter brincado com Moraes. Sobretudo “convidando” o ministro a ser seu candidato a vice nas eleições de 2026 ao Palácio do Planalto.
Na avaliação desses aliados de Bolsonaro, a brincadeira pode ser vista como “desrespeitosa” por familiares de manifestantes presos por ordem de Moraes após envolvimento nos atos golpistas do 8 de Janeiro.
O tom “amigável” com Moraes adotado por outros réus também foi criticado por lideranças bolsonaristas. A avaliação é de que isso beneficia apenas a imagem de Moraes e, dificilmente, aliviará a situação do ex-presidente.
Na avaliação de parlamentares aliados a Bolsonaro, o inquérito do golpe seria um “jogo de cartas marcadas”, no qual dificilmente o ex-chefe do Planalto e a maioria dos demais réus escaparão sem condenação.
Procurado pela coluna para comentar as críticas que recebeu de aliados, Bolsonaro não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações do ex-presidente da República.
Convite para Moraes
Como mostrou a coluna, Bolsonaro pediu permissão para fazer uma brincadeira com Moraes durante seu interrogatório e convidou o ministro para ser seu vice em 2026, embora o ex-presidente esteja inelegível.
Em resposta, Moraes respondeu apenas que “declinava” do convite de Bolsonaro, arrancando novas risadas dos demais réus, advogados e assessores que acompanhavam as oitivas no plenário da Primeira Turma do STF.
Fonte: Metrópoles