O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ainda não há previsão de alta hospitalar, mas agradeceu os apoiadores pelo carinho na recuperação.
Pelas redes sociais, Bolsonaro destacou que esta foi a sexta cirurgia desde o atentado que sofreu durante a campanha presidencial de 2018.
“O procedimento foi necessário para tratar uma obstrução provocada por dobras no intestino delgado. Segundo os médicos, meu estado de saúde é estável, mas a recuperação exige cuidados intensivos e será gradual”, escreveu.
De acordo com os médicos que cuidam da recuperação dele na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, as visitas ao ex-presidente estão restritas por orientação da equipe médica e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Em coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (14/4), o médico-chefe Cláudio Birolini, responsável pela cirurgia de Bolsonaro, explicou que apenas familiares poderão visitar o ex-presidente, enquanto o acesso de aliados e outras pessoas será limitado. A medida visa preservar o repouso necessário à recuperação.
“As visitas médicas são constantes, já que estamos de plantão o tempo todo. As de familiares estão liberadas. Conversei com a equipe e com a dona Michelle para restringirmos ao máximo. O ex-presidente gosta muito de falar, conversar, mas a gente precisa deixar ele mais tranquilo em um ambiente reservado”, explicou Birolini.
“As aderências vão se formar, isso aí é inevitável. Um paciente que tem um abdômen hostil, por mais que você solte tudo, essas aderências vão se formar”, completou o médico-chefe.
Com isso, aliados de Bolsonaro não poderão visitá-lo no hospital, salvo em casos autorizados por Michelle e pela equipe médica. Segundo os médicos, ele está comunicativo e chegou a fazer “piadas” mais cedo.
“A transferência da UTI para o quarto depende de uma série de variáveis, mas será realizada com toda a segurança. Não há pressa. A evolução dele será passo a passo, para que ele se restabeleça de forma mais segura possível, por mais que a gente saiba de toda a agenda [política dele]. Ele é sempre muito ativo, mas agora é falar pouco, fisioterapia, para que a gente possa dar alta da UTI no momento oportuno”, completou o médico Leandro Echenique.
Cirurgia
Bolsonaro está internado desde a noite de sábado (12/4), após ser transferido de Natal (RN), onde foi hospitalizado às pressas na sexta-feira (11/4) com um quadro de suboclusão intestinal.
O ex-presidente passou mal durante compromissos políticos no interior do Rio Grande do Norte e foi transportado de helicóptero para a capital. Ele se queixava de fortes dores abdominais.
Segundo Birolini, embora não tenha acompanhado presencialmente os episódios anteriores, o quadro enfrentado por Bolsonaro na sexta-feira foi o mais grave desde a facada sofrida em 2018. O estado de saúde, porém, é considerado estável.
No domingo (13/4), Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de 12 horas. O procedimento teve como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.
Fonte: Metrópoles