A delegação brasileira que participou da flotilha Global Sumud pousou na manhã desta quinta-feira (9/10) no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ao longo da última semana, os 13 brasileiros foram interceptados, presos e deportados por Israel.
Os ativistas foram recebidos por gritos dos militantes e abraços e choro dos familiares que os aguardavam, formando uma aglomeração sob cartazes de protestos e bandeiras da Palestina. Entre eles estava a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP).
A informação sobre a chegada do grupo foi repassada ao Metrópoles por familiares dos integrantes do grupo. Fazem parte da delegação: deputada Luizianne Lins (PT-CE), Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, vereadora Mariana Conti (Psol-SP), Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, João Aguiar e Miguel Castro.
A delegação chegou a lançar uma vaquinha na terça-feira (7/10) para arcar com o custo das passagens, já que o Itamaraty atuou para que os brasileiros fossem libertados, mas informou que não cobriria os custos do retorno.
Grupo deportado
Ao portal, os familiares dos ativistas informaram que após a deportação de Israel, o grupo foi muito bem recebido em Amã, capital da Jordânia. “É importante reconhecer a excelente recepção da embaixada brasileira, em Amã. O embaixador Marcio Fagundes do Nascimento e toda sua equipe receberam todos maravilhosamente bem”, informou a fonte, que preferiu não se identificar.
Ainda segundo o familiar, apesar do momento difícil, todos os ativistas estavam bem.
Em nota, o Itamaraty informou que “o Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio a Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”.
Flotilha interceptada
A flotilha Global Sumud partiu de Barcelona no dia 31 de agosto com destino à Faixa de Gaza, levado ajuda humanitária. Ao longo do trajeto, a iniciativa passou por portos como o de Túnis, na Tunísia, onde outras embarcações se juntaram à flotilha. Ao todo, 44 barcos navegavam pelo mar Mediterrâneo com mais de 460 integrantes de mais de 40 países, além de ajuda como água, medicamentos e fórmula infantil.
Na quarta-feira passada (1º/10), a tripulação de alguns dos cerca de 40 barcos que compõem a flotilha foi interceptada por Israel, que prendeu os ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes da iniciativa.
Após a interceptação, os atividas foram presos e alguns chegaram e denunciar maus-tratos. A delegação brasileira foi levada para a prisão de Ktzi’ot, no deserto do Neguev.
Fonte: Metrópoles