O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na manhã desta terça-feira (21/10) rumo a Ásia para cumprir agendas ao longo de uma semana. O chefe do Executivo tem agendas na Indonésia, entre os dias 23 e 24, e na Malásia, de 24 a 28 de outubro. No segundo país, a expectativa gira em torno do encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na quinta-feira (23/10), o petista fará uma visita de Estado à Indonésia. Na ocasião, ele será recebido pelo presidente Prabowo Subianto. Está prevista a assinatura de um memorando de entendimento no setor de energias renováveis, entre outros atos.
No mesmo dia, Lula participa de um encontro de empresários e discursa no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Indonésia.
Na sexta-feira (24/10), o presidente ainda deve fazer uma visita à sede da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), localizada em Jacarta, capital da Indonésia, e se reunir com o secretário-geral do bloco, Kao Kim Hourn. Na mesma data, Lula parte para Kuala Lumpur, capital da Malásia.
No sábado (25/10), o chefe do Executivo brasileiro participa da cerimônia de visita de Estado — que inclui assinatura de atos e declaração à imprensa — e, em seguida, será agraciado pelo título de doutor honoris causa, concedido pela Universidade Nacional da Malásia (UKM).
No domingo (26/10), ele comparece a abertura da 47ª Cúpula da Asean e tem encontros bilaterais, que ainda estão sendo fechados.
Até o momento, a única reunião confirmada será com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Durante a bilateral, os líderes devem discutir os preparativos da visita de Estado que Lula planeja fazer à Índia em fevereiro de 2026. Na ocasião, o presidente brasileiro também deve participar de uma cúpula sobre inteligência artificial.
De acordo com o Itamaraty, a reunião ocorrerá a pedido do chefe do Planalto. Lula deve reiterar o convite ao primeiro-ministro para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro.
Na segunda-feira (27/10), o brasileiro participa da reunião de Cúpula do Leste Asiático (CLA) e, no dia seguinte, retorna ao Brasil.
Encontro com Trump
A possível reunião bilateral entre os presidentes Lula e Donald Trump está prevista para o domingo, quando o brasileiro reservou parte do dia para reuniões bilaterais.
Como mostrou o Metrópoles, na coluna Igor Gadelha, a informação foi confirmada por três fontes do governo brasileiro.
Porém, ainda não há confirmação oficial da reunião devido as incertezas sobre a compatibilidade das agendas das duas autoridades.
Uma conversa às margens da Cúpula da Asean é a possibilidade mais rápida de encontro entre os dois, que já conversaram por telefone no início deste mês.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores foi a Washington para se encontrar com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, iniciando as negociações sobre o tarifaço imposto aos EUA sobre produtos brasileiros e as sanções contra autoridades do Brasil.
Com Rubio, o chanceler reiterou a posição brasileira, que solicita a “reversão das medidas adotadas pelo governo norte-americano a partir de julho”. O pedido começará a ser discutido em breve, mas não há definições até o momento.
Viagens pelo Brasil
- Além das agendas internacionais, Lula intensificou as viagens pelo país nas últimas semanas.
- A atitude é percebida como um ensaio para a campanha eleitoral que se aproxima.
- Como levantou o Metrópoles, em ao menos nove dos 15 primeiros dias de outubro o chefe do Planalto esteve fora de Brasília, cumprindo agenda em seis estados diferentes. O ritmo é diferente do percebido nos meses anteriores.
- O levantamento indica que de maio a setembro deste ano, Lula ficou em média 3 dias fora da capital federal, número que é três vezes menor que o registrado em outubro.
- As agendas têm foco na divulgação de ações do governo federal e os principais destinos visitados se concentram nas regiões Norte, Sudeste e Nordeste.
- Além das visitas aos estados, Lula aposta em programas com apelo popular para pavimentar o caminho à reeleição.
Fonte: Metrópoles