O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um agradecimento a Donald Trump após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciar proibição da entrada nos Estados Unidos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e de “seus aliados” na corte.
“Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também —ou quem sabe até perderão seus vistos. Eis o CUSTO MORAES para quem sustenta o regime. De garantido só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir!”, escreveu na rede social X.
Na postagem em que anuncia a decisão, Rubio disse que o Supremo faz uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) e viola direitos fundamentais não só dos brasileiros, mas também de americanos.
Também afirmou que o presidente Trump já tinha deixado claro que iria agir contra estrangeiros responsáveis por “censura”.
“Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos, imediatamente”, disse.
A punição ocorre após Eduardo ter feito um périplo por Washington em busca de punições ao ministro do STF nos últimos meses.
O interesse por Eduardo nos Estados Unidos atingiu o pico de buscas neste mês, de acordo com dados do Google Trends. A procura aumentou dez vezes nos últimos 30 dias em comparação com o período anterior.
A ordem do governo americano é anunciada no mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo de ação da Polícia Federal justamente sob a acusação de atentar contra a soberania do Brasil ao articular medidas no exterior. O ex-presidente está obrigado a usar tornozeleira eletrônica e não pode se aproximar de embaixadas e consulados estrangeiros.
A medida anunciada nesta sexta é complementar à que foi anunciada em maio pelo Departamento de Estado. Na época, Rubio decidiu restringir a entrada aos EUA de autoridades estrangeiras que, na opinião do governo, violem a liberdade de expressão.
O anúncio do secretário agora não fala em sanções econômicas ao ministro do STF. Nos últimos meses, foi especulado se o governo americano não iria decretar o congelamento de qualquer bem ou ativo que Moraes tenha nos Estados Unidos.
A Lei Magnitsky, que permite a aplicação unilateral de punições a estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas de direitos humanos, passou a ser apontada por críticos de Moraes como possível base legal contra o ministro.
Fonte: Folha de São Paulo