O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou, nesta quarta-feira (13/8), a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar vistos e impor restrições a ex-integrantes do programa Mais Médicos e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em vídeo publicado no X, o parlamentar disse que a medida é um recado a autoridades brasileiras que cometeram “violações de direitos humanos”.
“Meus amigos, o secretário Marco Rubio acabou de anunciar mais restrições e também a perda de visto de pessoas envolvidas no programa Mais Médicos. A gente está falando de fatos ocorridos há mais de 10 anos. Então, reparem que esse tipo de violação não fica esquecido” afirmou Eduardo.
Eduardo elevou ainda mais o tom e fez um alerta às autoridades brasileiras, insinuando que novas sanções podem estar a caminho.
O deputado licenciado está em Washington, na companhia do influenciador Paulo Figueiredo, para participar de reuniões com integrantes do governo norte-americano nesta quarta (13/8) e quinta-feira (14/8).
A agenda inclui encontros com representantes do Departamento de Estado, do Departamento do Tesouro e assessores da Casa Branca.
Eles devem discutir o cenário no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional sobre as investigações do 8 de Janeiro, além de apresentar reações às sanções recentes contra o Brasil e pesquisas de opinião sobre a percepção pública, incluindo a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
Sanções a integrantes do governo brasileiro
A decisão foi anunciada pelo chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, e atinge Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram no Ministério da Saúde durante a execução do programa.
O Departamento de Estado acusa os alvos de cumplicidade no esquema coercitivo de exportação de mão de obra médica do regime cubano, que teria explorado trabalhadores por meio de trabalho forçado.
Segundo os EUA, a operação enriquecia o governo de Havana e privava o povo cubano de cuidados médicos essenciais.
O Mais Médicos foi criado no governo Dilma Rousseff (PT) e tinha como objetivo suprir a carência de médicos em áreas remotas do Brasil. Como parte do programa, a Opas foi usada como intermediária para contratar profissionais cubanos sem seguir requisitos constitucionais brasileiros, driblando sanções impostas a Cuba.
De acordo com Washington, autoridades brasileiras repassaram ao regime cubano recursos que deveriam ir aos médicos.
Fonte: Metrópoles