O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, autorizou o envio de apoio da Força Nacional ao estado de Rondônia, após criminosos intensificarem uma onda de violência, que inclui ataques a ônibus nos últimos dias. Informações iniciais apontam que, na madrugada desta quarta-feira (15/1), dez veículos foram incendiados, sendo cinco deles de uma empresa particular, além de veículos de transporte escolar. Um carro também teria sido incendiado e houve a tentativa de queimar uma viatura da corporação.
Segundo a PM, os ataques são retaliações às operações contra crimes no residencial Orgulho do Madeira, em Porto Velho, área dominada pelo Comando Vermelho localizada na zona leste da capital. No local, vivem cerca de 15 mil pessoas em apartamentos entregues pelo governo.
- Estado de Rondônia enfrenta onda de ataques e violência após operações policiais em região dominada pelo Comando Vermelho.
- MJSP autorizou o envio da Força Nacional para apoio das operações em Porto Velho.
- Veículos foram incendiados nos últimos dias e o serviço de transporte coletivo chegou a ficar paralisado.
De acordo com autoridades locais, os ataques e as ameaças a trabalhadores são uma reação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, cuja primeira fase foi deflagrada no fim de 2024. Concentrada em conjuntos habitacionais que, segundo a Polícia Militar (PM), são dominados por organizações criminosas, a operação já resultou na retomada de cerca de 70 apartamentos invadidos por bandidos que expulsaram os moradores, bem como na apreensão de drogas e armas.
Força Nacional
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou a prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública em Porto Velho, por meio da Portaria do MJSP nº 853/2025, publicada nesta terça-feira (14/1). O efetivo atuará em apoio aos órgãos de segurança pública estaduais, com o objetivo de preservar a ordem pública e garantir a segurança das pessoas e do patrimônio.
A medida é uma resposta aos recentes incidentes que resultaram na interrupção das linhas de ônibus na capital, após veículos serem incendiados. A portaria prevê o emprego da tropa por um período inicial de 90 dias.
Onda de ataques
A capital de Rondônia, Porto Velho, amanheceu sem transporte coletivo nessa terça-feira (14/1) após uma série de ataques de incêndios a ônibus. Os atos resultaram na paralisação completa do serviço e deixaram milhares de passageiros sem opção de deslocamento.
De acordo com a Polícia Militar, após as operações realizadas nos conjuntos habitacionais do estado, a corporação atendeu só na noite de segunda-feira (13/1), “cerca de 08 ocorrências de incêndios na capital. Essas ondas de alcance terrorista têm como foco afastar as guarnições dos residenciais, já que o prejuízo ao crime tem sido de grandes proporções”.
A PMRO salientou que os incêndios e os crimes estão sendo combatidos com estratégia e informações da inteligência. Além disso, a Polícia Civil também já possui imagens de alguns autores.
No domingo (12/1), o cabo da Polícia Militar, Fábio Martins, morreu com seis tiros na cabeça dentro do residencial Orgulho do Madeira, onde morava. A PM afirma que o assassinato foi uma retaliação às ações policiais. Os integrantes da facção também tentaram explodir um totem de segurança instalado no residencial.
Fonte: Metrópoles
