O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou nesta quinta-feira (31/7) sobre a sanção da Lei Magnitsky, aplicada nessa quarta-feira (30/7) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com Haddad, a perseguição dos EUA a Moraes “não é um bom caminho de aproximação entre os dois países”.
O ministro também reforçou que esse não é o momento dos países ficarem se atacando mutuamente. “Queremos que levem em consideração que somos uma democracria, temos nossas instituições, que são livres, todos os ministros foram sabatinados e aprovados por um outro poder”.
Segundo Haddad, o Brasil é uma das democracias mais consolidadas do mundo e as forças internas que estão trabalhando contra os interesses do país estão fragilizando o Brasil.
“Quando você tem uma força interna trabalhando contra os interesses do país isso fragiliza o Brasil e não está acontecendo em nenhum outro país do mundo, só acontecendo aqui. As pessoas precisam compreender que isso fragiliza a posição do país. Isso não é bom nem para democracia nem para soberania”, afirma o ministro, que falou com jornalistas na porta do Ministério da Fazenda, em Brasília.
Moraes alvo de sanções
- Moraes tem sido acusado de promover censura por meio de ordens judiciais. Segundo parlamentares dos EUA, as ordens do ministro atingem empresas localizadas nos EUA e cidadãos que estão no país.
- Alvo de ação judicial apresentada pela plataforma Rumble e a Trump Media desde fevereiro, o ministro é acusado pelas empresas de desrespeitar leis dos EUA e de praticar censura ao determinar bloqueio de perfis no país.
- No dia 21 de maio, Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, disse que existia “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções norte-americanas, com base na Lei Global Magnitsky.
- Em 14 de julho, as empresas entraram com nova petição na Justiça da Flórida para contestar a decisão de Moraes que determinava a remoção de conteúdos relacionados ao perfil de um comentarista.
Fonte: Metrópoles