O Brasil recebeu na última quinta-feira (1º/5) o primeiro carregamento das vacinas mais atualizas contra Covid. As 1,3 milhão de doses da vacina da Pfizer que protegem contra a JN.1, atualmente considerada a de maior importância pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desembarcaram no aeroporto de Guarulhos na data.
A chegada das vacinas da Pfizer permitirá que se retome o calendário de imunização contra a Covid para a população acima de 12 anos, que em algumas cidades havia chegado a ser interrompido por um estoque zero na semana passada.
Segundo o Ministério da Saúde, o fornecimento deve ser normalizado em todo o país ainda nesta semana.
“Essa entrega aconteceu em 14 dias. Foi um recorde, mais rápido até mesmo que no período da pandemia”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao anunciar o recebimento das doses. A pasta informou que a remessa é parte de um total previsto de 7,4 milhões de doses para este semestre. A promessa é de 57 milhões de doses nos próximos dois anos.
A vacina atual
A variante JN.1. é descendente da Pirola (BA.2.86). Ela tem mutações que a tornam mais transmissível e que atingiram especialmente a proteína spike, usada pelo vírus para se ligar às células humanas e também a mais combatida pelas vacinas da Covid.
Impasses com a vacina da Zalika
O fornecimento anterior estava sob responsabilidade da Zalika Farmacêutica, representante do Instituto Serum, da Índia. A empresa venceu a licitação para abastecer o Programa Nacional de Imunizações com vacinas destinadas ao público adulto.
O contrato exigia vacinas com cepas atualizadas mediante solicitação do ministério. Em dezembro, a Zalika entregou 3 milhões de doses com a variante XBB, então aprovada pela Anvisa. No entanto, para etapas seguintes, foi exigida a cepa JN.1, recomendada pela OMS desde abril de 2023.
A empresa solicitou a aprovação da nova versão à Anvisa no fim do ano passado, mas a agência reguladora rejeitou duas vezes o pedido da Zalika para atualizar o imunizante.
Segundo a Anvisa, o dossiê apresentado possuía pendências que não foram resolvidas dentro do prazo e faltavam dados de eficácia.
Diante da impossibilidade de continuidade, o Ministério da Saúde acionou a segunda colocada no pregão. A Pfizer foi convocada em abril e assinou novo contrato no dia 14, assumindo o fornecimento das vacinas destinadas à população adulta.
Fonte: Metrópoles