Uma jovem, de 22 anos, morreu durante um exame de tomografia com contraste ao sofrer uma reação alérgica grave nesta semana em um hospital de Rio do Sul (SC). Leticia Paul teria sofrido um choque anafilático, segundo os familiares.
A vítima precisou ser intubada em estado grave por causa da reação alérgica no Hospital Regional Alto Vale. Porém, não resistiu e morreu menos de 24 horas depois do procedimento. O corpo foi velado nessa quinta-feira (21/8) na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, e levado ao Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú.
A jovem, natural de Lontras, cidade de 12 mil habitantes, tinha um histórico de pedras nos rins e fazia o exame de tomografia como procedimento de rotina. Leticia era formada em Direito e fazia pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários. No dia 2 de setembro, ela completaria 23 anos. O Colégio Sinodal Ruy Barbosa, em que ela era ex-aluna, divulgou uma nota de pesar nas redes sociais: “Manifestamos nossa solidariedade à família e aos amigos, desejando conforto e força neste momento de dor”.
“Leticia sempre foi uma pessoa de muita luz e de personalidade forte. E é isso o que te tornava tão forte e admirável por todos ao seu redor. Teu momento aqui acabou, mas sempre vamos te carregar em nossos corações em cada passo. Descanse em paz!”, escreveu nas redes sociais Yuri Kaue Paul Andrade, familiar da jovem.
Em nota, o hospital lamentou a perda e se solidarizou com a família. “Aproveitamos para reafirmar nosso compromisso com a ética, a transparência e a segurança assistencial, destacando que todos os procedimentos são conduzidos em conformidade com os protocolos clínicos recomendados”, afirma.
Os contrastes são substâncias químicas geralmente usadas em exames de ressonância, tomografia e radiografia. É preciso ter indicação médica para fazer o uso, que tem como função de realçar áreas específicas do corpo para melhorar a visibilidade durante o exame. O método é considerado seguro pelos médicos e o contraste é reconhecido como eficaz nos diagnósticos por imagem.
O médico Murilo Eugênio Oliveira, especialista em radiologia e diagnóstico por imagem, disse em entrevista ao g1 Goiás que reações adversas ao uso da substância existem, mas são raras, principalmente as consideradas graves, como no caso da jovem Leticia Paul, segundo o especialista.
Fonte: NSCTotal