O embaixador Marcos Azambuja, uma das personalidades mais respeitadas da diplomacia brasileira, morreu nesta quarta-feira (28/5) ao 90 anos. Durante sua carreira, ele ocupou postos de prestígio, como a de embaixador do Brasil na França e na Argentina. As causas da morte não foram divulgadas.
Azambuja representou o Brasil em momentos-chave da política internacional, incluindo a chefia da delegação brasileira em Genebra para temas de desarmamento e direitos humanos (1989-1990), e a coordenação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, que consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável entre as nações.
Entre 1990 e 1992, o diplomata ocupou o cargo de Secretário-Geral do Itamaraty, equivalente ao de vice-chanceler. Em missão do Brasil na ONU, ele esteve em Nova York, também com passagens por Londres e Cidade do México.
Entre os temas defendidos por Azambuja em comissões internacionais, estava a não proliferação nuclear. Até seus últimos dias de vida, ele atuou como como referência intelectual da diplomacia brasileira, escrevendo um livro que reuniria seus depoimentos e textos diplomáticas e assuntos diversos, colhidos ao longo da trajetória profissional.
Em nota de pesar, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), do qual o diplomata foi conselheiro emérito, destacou sua trajetória e contribuição à política externa.
“Com sua partida, o mundo ficou menos inteligente, menos divertido e menos sábio. Para o Cebri, é uma perda irreparável, pois o embaixador era um colaborador atuante desde a sua fundação. Manifestamos nossas sinceras condolências à família, aos amigos e aos colegas”, escreveu em nota.
Fonte: Metrópoles