Um professor de matemática da rede pública de ensino do Distrito Federal foi espancado pelo pai de uma aluna na manhã desta segunda-feira (20/10), no Centro Educacional 4 (CED) do Guará. A agressão teria ocorrido após o educador pedir que a estudante guardasse o celular durante a aula.
Imagens obtidas pela coluna Na Mira mostram o pai da aluna segurando o docente pela gola da blusa, enquanto desfere socos nele. Outros estudantes aparecem na filmagem tentando conter as agressões.
A Lei nacional nº 15.100, sancionada em janeiro deste ano, proíbe alunos de usarem telefone celular e outros aparelhos eletrônicos portáteis em escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e no intervalo entre as aulas.
A filha do agressor dá um mata-leão no próprio pai, para interromper o espancamento, e consegue derrubá-lo no chão.
Em seguida, os alunos que estavam presentes e um professor seguram o homem. A filha dele aparece desesperada, chorando, e questiona por que o pai agrediu o professor dela.
Acionada para atender a ocorrência, a Polícia Militar foi informada de que o pai de uma aluna havia entrado na instituição e agredido um educador.
Os policiais encontraram a situação já controlada, com os envolvidos em salas separadas. O professor agredido relatou ter sido atacado com socos e pontapés.
O autor da agressão informou que recebeu uma mensagem da filha dizendo ter sido vítima de xingamentos por parte do docente.
As partes foram conduzidas à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde foi registrada ocorrência de desacato, injúria e lesão corporal.
O que diz a SEEDF
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), por meio da Coordenação Regional de Ensino do Guará, esclareceu que está ciente da situação.
“Diante do ocorrido, a equipe gestora da unidade acionou a Polícia Militar para conter a confusão, que encaminhou os envolvidos à delegacia para o registro do boletim de ocorrência.”
De acordo com a pasta, o caso será encaminhado à Corregedoria da Secretaria de Educação para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis.
“A SEEDF acionou ainda o Batalhão Escolar para reforçar a segurança na entrada e saída dos estudantes nos próximos dias. A Secretaria reforça que repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e mantém o compromisso de dialogar com a comunidade, priorizando sempre a promoção da cultura de paz”, pontuou.
Fonte: Metrópoles