Os senadores que fazem parte da CPI (comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets, que investiga desvios e irregularidades em jogos de azar na internet, aprovaram na tarde desta quarta-feira (21/5) a convocação do influenciador e humorista Carlinhos Maia a prestar depoimento no Senado Federal.
O texto do requerimento 462/2025 é de autoria da senadora Soraya Thronicke (PODEMOS/MS), relatora da CPI das Apostas Esportivas no Senado. “Convoca o Sr. Luiz Carlos Ferreira dos Santos, Influenciador Digital, para prestar depoimento”. Ainda não há previsão de quando o famoso deve ser ouvido no Senado.
Na mira
Caso compareça à CPI, Carlinhos Maia será o terceiro influenciador a prestar esclarecimentos sobre publicações e propagandas de casas de apostas nas redes sociais. Nas últimas semanas, os influenciadores Rico Melquiades e Virginia Fonseca já passaram pela comissão para dar sua contribuição às investigações.
Recentemente, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., a senadora Soraya Thronicke afirmou que o influenciador Carlinhos Maia é o “mor” (ou seja, o principal destaque) na divulgação de plataformas de apostas online, com destaque para o popular “Joguinho do Tigrinho”. “Ele está na nossa mira”, disse a parlamentar.
Ainda na entrevista, Soraya disse que a comissão tenta ouvir Carlinhos Maia desde o início dos trabalhos no Senado Federal, mas a convocação ainda não havia sido feita por falta de “quórum”. De acordo com a senadora, havia dificuldades para reunir o número mínimo de parlamentares para aprovar os requerimentos.
Padre Patrick
Além de aprovar a convocação de Carlinhos Maia à CPI, os senadores ouviram nesta quarta-feira (21/5) o padre Patrick Fernandes. Ele foi convidado a depor no Senado Federal após afirmar ter recebido convites de empresas para fazer publicidade de apostas on-line. O religioso, no entanto, não aceitou.
Em sua fala, padre Patrick pediu aos senadores que a legislação seja mais dura para “inibir” a propaganda de cassinos online por parte de influenciadores digitais.
“Eu acho (…) que deveria ter alguma legislação para ao menos inibir as divulgações, os influenciadores que estão fazendo, já que não tem como, pela lei que nos rege, acabar com as casas de apostas, acho que deveria ter políticas para inibir quem está divulgando, com uma represália maior, imposto, sei lá”, comentou.
Fonte: Metrópoles
