O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ampliou, nesta quinta-feira (24/7), a convocação para manifestações pró-Bolsonaro marcadas para 3 de agosto, nas capitais do país. A mobilização, batizada de “Reaja Brasil”, contará com uma série de vídeos de convocação — com e sem políticos — e será coordenada por Malafaia.
Bolsonaro, no entanto, não poderá participar de nenhuma atividade, pois as medidas cautelares determinadas por Moraes o impedem de sair de casa aos finais de semana e feriados (ele também precisa estar em casa entre as 19h e as 6h).
A manifestação, segundo o pastor, é uma resposta às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro e seus aliados.
Malafaia tem liderado atos em defesa do ex-presidente e dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, além de campanhas por anistia e contra o julgamento de Bolsonaro no STF.
Em vídeo enviado, ele afirma que essa é a primeira peça de uma série de mobilizações e que o movimento contará com falas de políticos e de apoiadores anônimos — representando “a voz do povo”.
“Agora não são os políticos que convocam o povo, é o povo que convoca os políticos, porque já estamos nas ruas”, afirma em vídeo.
O vídeo também traz críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e compara os tratamentos judiciais dados a Lula e a Bolsonaro.
“Lula, condenado em todas as instâncias por unanimidade por roubalheira, o STF libera. Bolsonaro, que não tem nenhuma condenação, por pura perseguição política, o STF quer prendê-lo”, diz outro trecho.
As manifestações foram batizadas de “Reaja, Brasil” e, segundo os organizadores, terão como pautas principais a liberdade de expressão e críticas ao Judiciário.
Bolsonaro impedido de ir às ruas
Apesar de ser o principal nome da base bolsonarista, Jair Bolsonaro não poderá participar da manifestação. Desde sexta-feira (18/7), ele está submetido a uma série de medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de uma investigação da Polícia Federal.
O ex-mandatário é obrigado a usar tornozeleira eletrônica, está proibido de usar redes sociais e de sair de casa nos fins de semana — o que o impede de comparecer aos atos.
As medidas fazem parte de uma nova fase da apuração que investiga se Bolsonaro e Eduardo atuaram para pressionar governos estrangeiros, em especial os Estados Unidos, a imporem sanções a agentes públicos brasileiros e ao próprio STF.
Eduardo Bolsonaro fala em voltar às ruas
Durante uma live transmitida neste domingo (20/7), Eduardo Bolsonaro também fez referência a novas manifestações.
“Talvez esteja na hora de voltarmos a ir para as ruas”, afirmou o deputado licenciado.
A mobilização de 3 de agosto será o primeiro grande ato público após as novas restrições judiciais impostas a Bolsonaro.
A estratégia inclui lideranças religiosas, parlamentares e perfis civis, com o objetivo de atingir “todo o Brasil”, nas palavras do pastor.
Fonte: Metrópoles