A companhia aérea Emirates anunciou, nesta segunda-feira (30), que o traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha em um vulcão Na Indónesia, vai começar a ser feito nesta terça-feira (1º).
“A Emirates confirma que o corpo de Juliana Marins, cidadã brasileira que faleceu na Indonésia, será transportado para Dubai em 1º de julho e, posteriormente, para o Rio de Janeiro em 2 de julho”, diz a nota.
Na mesma nota, a companhia afirma que priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte mas que “restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”.
“A família foi informada sobre a confirmação das providências logísticas. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, completa a nota.
Família acionou Justiça por nova autópsia
A família da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, acionou a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) para solicitar judicialmente uma nova autópsia no Brasil.
O pedido foi encaminhado à Justiça Federal com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), vinculado à Prefeitura de Niterói.
Em nota, a Defensoria Pública da União (DPU) confirmou que protocolou petição junto à Justiça Federal solicitando a realização de nova perícia médico-legal no corpo de Juliana Marins. O pedido foi apresentado durante o plantão judicial no domingo (29), mas será analisado pelo juízo natural da causa.
“A instituição segue acompanhando o caso e aguarda a manifestação do Judiciário quanto à petição apresentada”, completa o órgão.
O resgate do corpo levou quase quatro dias devido às condições extremas da região — como neblina densa, pedras escorregadias e terreno íngreme — e foi dificultado pela precariedade das operações locais.
Uma autópsia realizada na Indonésia apontou como causa da morte um traumatismo por força contundente decorrente da queda. O exame ainda aguarda a conclusão dos testes toxicológicos, procedimento que pode levar até duas semanas, embora não haja suspeita de envenenamento ou uso de substâncias.
A Prefeitura de Niterói confirmou que custeou R$ 55 mil para cobrir as despesas de repatriação dos restos mortais e os trâmites funerários no Brasil. O anúncio foi feito na quarta-feira (25) e inclui também o sepultamento da jovem, que será velada em sua cidade natal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse todo o apoio necessário à família. Um decreto publicado no Diário Oficial da União autorizou o custeio do traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior — prática até então vetada pelas normas federais.
Como forma de homenagem, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), anunciou que o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, receberão o nome de Juliana Marins. A medida, segundo ele, é uma forma de preservar a memória da publicitária e o carinho que ela tinha pelo local.
Fonte: CNN Brasil