Um casal foi preso suspeito de se passar por pais de um bebê para registrá-la em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO) que investiga o caso, a mulher e a mãe da criança trocaram documentos, para que uma se passasse pela outra. A corporação apura se houve algum beneficiamento.
O casal foi preso na terça-feira (22). A bebê nasceu no domingo (20). Segundo informações da polícia, a mulher também foi identificada como a acompanhante da mãe biológica da criança, durante a permanência dela na Maternidade Marlene Teixeira. A recém-nascida foi registrada como filha legítima do casal detido.
“A acompanhante se passou pelo nome da grávida e a grávida se passou pelo nome da acompanhante, porque o documento do nascido vivo que o hospital emite já ia sair no nome de quem queria registrar [a mulher presa]. A mulher presa pegou esse documento junto com o marido dela e foi registrar. A grávida informou que não sabia e não deu autorização”, detalhou a delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso.
Troca de documentos
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida informou que a mulher chegou à unidade já em trabalho de parto e sem os documentos pessoais.
A maternidade completou que, após o parto, a equipe médica percebeu divergências nas informações prestadas pela paciente e por sua acompanhante e acionou a polícia.
Crime
De acordo com a polícia, a corporação apura se houve algum beneficiamento ou vantagem econômica, para que a mãe entregasse a bebê, ou ainda se seria apenas uma entrega para adoção. Conforme a investigadora, a polícia vai apurar qual foi o tipo de transação feita com essa criança.
Segundo a delegada, Bruna Coelho, a recém-nascida foi encaminhada para o Conselho Tutelar e vai ficar em um abrigo até o juiz decidir se a mãe tem condições de ter a guarda.
Se condenado, o casal pode responder por registrar o filho de outra pessoa como seu, com pena de até 6 anos, e falsidade ideológica, com pena de até 5 anos.
Além disso, se confirmado que a mãe foi beneficiada com a entrega da bebê, tanto ela quanto o casal, podem ter pena de até 4 anos.
Com informações do Metrópoles

