Quedas, queimaduras, envenenamentos e sufocações são perigos que rondam os bebês constantemente. Toda mãe que tem criança pequena sabe que qualquer descuido pode resultar em acidente. As consequências podem se resumir a um simples susto, mas podem também provocar sequelas permanentes e até a morte. As estatísticas comprovam o perigo.
O cercado para bebê é uma das alternativas para quem precisa realizar alguma atividade enquanto cuida dos pequenos. Mas ao mesmo tempo em que é uma forma de otimizar o tempo com segurança, esse item levanta polêmica. Há quem defenda que o também chamado “chiqueirinho” seja um empecilho para o desenvolvimento da criança.
Como tudo, é preciso ter equilíbrio. O cercado para bebês deve ser usado com cuidado e somente quando for mesmo necessário. Um exemplo é quando a mãe precisa cozinhar ou manusear objetos e alimentos e, por isso, não pode ficar com a criança no colo se estiver sozinha em casa. Nesse caso, a melhor opção será o chiqueirinho.
O cercado para bebê é indicado quando a criança começa a engatinhar e ensaia os primeiros passos, quando já se percebe mais e faz descobertas. Por isso, é comum que os pais ou cuidadores se preocupem ainda mais com a segurança dos pequenos e temem que se machuquem. Então, esse receio é natural.
No entanto, o medo de que as crianças podem se machucar não precisa se transformar em superproteção. Elas precisam de espaço para desenvolver suas habilidades motoras, seu senso de percepção e fortalecer os músculos.
Se elas permanecem o tempo todo no cercado para bebê, realmente terão seus movimentos limitados e, como consequência, seu desenvolvimento comprometido.
Além disso, é fundamental que a criança, quando estiver o chiqueirinho, jamais fique sozinha no ambiente. A supervisão do cuidador, ainda que esteja envolvido em outras tarefas, é essencial. Conforme um estudo publicado em 2011 no periódico Pediatrics, quase 10 mil bebês e crianças pequenas se machucam no cercadinho por ano.
Cercadinho não é babá!
Ou seja, a supervisão de um adulto é imprescindível. O indicado é que o cercadinho fique sempre próximo dos pais. Assim, é possível interagir com a criança constantemente e checar se está tudo bem com ela. Além disso, os bebês têm baixa capacidade de concentração, podendo se irritar ao permanecer muito tempo no mesmo espaço. Também por isso é difícil fazer com que a criança passe muito tempo ali dentro sem reclamar.
Os especialistas não indicam que os pais coloquem mais de uma criança dentro do mesmo cercadinho. Isso porque, além de limitar ainda mais o espaço, os bebês podem machucar, sem querer, um ao outro. Você até pode colocar brinquedos junto com o seu filho, mas sempre prestando atenção se os objetos são adequados para aquela faixa etária.
Dicas importantes para usar o cercadinho
Se possível, planeje para seu bebê brincar sozinho nos mesmos horários todos os dias, de preferência quando ele está descansado e alerta, não antes da soneca.
Mude o cercadinho de lugar de vez em quando; ele deve ficar num local onde você possa supervisionar a criança facilmente sem que ela possa vê-lo (para não se distrair).
Faça um rodízio dos brinquedos apropriados para a idade do seu filho e lembre-se que, ao final do período de brincar sozinho, os brinquedos precisarão ser guardados; oriente e ajude seu filho na arrumação
Os dez mandamentos do bebê seguro
1 – Jamais deixe o bebê sozinho, desprotegido, por menor que seja o período.
2 – Um trocador ideal deve ter a altura mínima necessária para que você possa manejar o bebê de forma confortável e segura. Sua base deve amparar a maior parte do corpo da criança. É indispensável também uma proteção nas laterais e, se possível, um cinto de segurança, que possa ser fixado no bebê durante a troca.
3 – Evite camas com colchas de tecido escorregadio e não posicione o bebê próximo das beiradas.
4 – Reúna antecipadamente tudo o que será usado na troca do bebê e deixe ao alcance das mãos. Assim, você não precisará afastar-se da criança.
5 – Se você tiver que se afastar, leve a criança com você. Se isso não for possível, peça a um adulto que cuide dela ou coloque-a no berço, no cercadinho ou mesmo no chão, devidamente forrado com uma coberta e longe de móveis.
6 – Encoste o cadeirão de alimentação do bebê em uma parede. Ele deve ser baixo, estável e ter cinto de proteção.
7 – Sempre que se deslocar com um bebê no colo, verifique se o ambiente está bem iluminado, se as portas de vidro estão devidamente sinalizadas, se as escadas possuem corrimão e proteção antiderrapante, se os tapetes não têm pontas erguidas e se o piso não está molhado ou escorregadio.
8 – Berço e cercadinho devem ser altos o suficiente para que o bebê não consiga pular e ter boa base de sustentação, para que não tombem com o peso da criança.
9 – Evite disposição de móveis que permita formar “escadinhas”, sobretudo quando a criança começar a engatinhar. Mantenha as janelas protegidas com grades ou telas.
10 – Durante o banho, segure firmemente o bebê, envolvendo-o pelas axilas, e use material antiderrapante no fundo da banheira (uma fralda de pano, por exemplo). Nunca deixe a criança sozinha na banheira, por qualquer razão ou período de tempo, mesmo que ela já tenha boa sustentação para ficar sentada.