O ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera, de 74 anos, morreu na última terça-feira (6) depois que o helicóptero que ele pilotava caiu em um lago no sul do Chile. O funeral e sepultamento do ex-mandatário ocorreu nesta sexta-feira (9), sob forte comoção no país.
Piñera, um bilionário conservador que governou o país pela primeira vez de 2010 a 2014, supervisionou períodos de forte crescimento econômico, mas também protestos contínuos.
Na manhã deste sábado (10), o helicóptero do ex-presidente foi tirado do Lago Ranco, quatro dias após a queda. A operação de retirada envolveu empresa privada, Marinha e Ministério Público. A aeronave foi coberta com uma lona preta e colocada sobre um caminhão guindaste.
Imagens mostram que hélices foram danificadas. Após ser entregue à Direção Geral de Aeronáutica Civil, a fuselagem passará por uma perícia para determinar as causas do acidente. Segundo o jornal La Nación, os investigadores querem elucidar a forma como ele caiu, por onde ele se deslocou e a velocidade que se chocou com o lago.
Ministério Público quer saber como eram as condições meteorológicas da região na hora do acidente. Já se sabe que chovia e ventava forte no local. O órgão também questionará a empresa fabricante do helicópteros e tentará esclarecer quando foi a última manutenção da aeronave. A queda do helicóptero ocorreu logo nos primeiros minutos de voo, por volta de 15h no horário local da última terça-feira (6).
PIÑERA FOI A ÚNICA VÍTIMA DO ACIDENTE
Ex-presidente ordenou que os três passageiros saltassem antes dele, segundo relato da irmã. Magdalena Piñera estava a bordo e afirma que o ex-presidente ficou na aeronave para tentar retomar o controle. “Pulem vocês primeiro porque, se eu pular junto, o helicóptero vai cair em cima de todos nós”, teria dito ele. Magdalena e os outros dois passageiros seguiram a ordem e sobreviveram.
Na hora de Piñera pular, ele teria ficado preso no cinto de segurança. Segundo as informações iniciais sobre o acidente, o ex-presidente tentou se soltar, mas não conseguiu. O helicóptero ficou submerso a 40 metros de profundidade.
Ex-presidente chileno morreu por afogamento. O Serviço Médico Legal do Chile na cidade de Valdivia, no sul do país, concluiu que ele morreu de asfixia devido à submersão.
O governo do Chile decretou luto nacional de três dias. O funeral de Estado foi realizado no antigo Congresso chileno, em Santiago, na sexta-feira (9).
Com informações Diário Online