Poucos sabem a diferença, favorecendo a enganação.
É preciso esclarecer ao leitor as diferenças entre o clima e o tempo e fui buscar auxilio com a IA: O tempo refere-se às condições atmosféricas em um local e momento específicos, como chuva, temperatura e vento, enquanto o clima descreve os padrões meteorológicos médios de uma região ao longo de um período mais longo, geralmente 30 anos ou mais. Mais especificamente tempo: É o estado da atmosfera em um determinado momento e local. Pode variar rapidamente, como de manhã para tarde, e de um dia para outro. Exemplos incluem a previsão do tempo para hoje, com informações sobre temperatura, chuva e vento. Já o clima: É o padrão de longo prazo das condições meteorológicas de uma região. É definido por médias e variações de temperatura, precipitação, umidade e outros elementos climáticos ao longo de muitos anos. Exemplos incluem o clima tropical, temperado ou árido de uma região. Em outras palavras, o tempo é o que você vê na previsão do tempo para hoje, enquanto o clima é o que você pode esperar ao longo de um ano, considerando as condições médias da região.
O site Realismo Climático publicou, em 3 de janeiro de 2025, a matéria “Errado, Organização Meteorológica Mundial, não há evidências de que os impactos das mudanças climáticas atingiram o mundo em 2024”, assinada por Antônio Watts, que esclarece ainda mais o assunto e que transcrevo trechos.
“O artigo da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ‘Impactos da mudança climática no globo em 2024’, pinta um quadro terrível de um planeta em espiral de caos, com eventos climáticos extremos atribuídos às mudanças climáticas antropogênicas. Embora a narrativa seja emocionalmente atraente para leitores com pouca informação, ela confunde falsamente eventos climáticos de curto prazo com tendências climáticas de longo prazo. É um erro fundamental que mina a integridade científica das alegações, especialmente porque a própria OMM realmente define o que é o clima: ‘… as condições climáticas médias para um determinado local e por um longo período de tempo.’ Além disso, dados históricos revelam que a humanidade não está enfrentando uma crise climática crescente, mas se tornou mais resiliente a condições climáticas extremas, com mortes relacionadas ao clima despencando no século passado.
Uma das principais falhas no artigo da OMM é sua falha em diferenciar entre tempo e clima. O clima abrange fenômenos atmosféricos de curto prazo, como ondas de calor, tempestades e chuvas, enquanto o clima se refere a padrões e médias de longo prazo ao longo de décadas ou séculos. A distinção é crucial, mas a OMM confunde a linha ao sugerir que eventos climáticos individuais em 2024 são evidências definitivas das mudanças climáticas. Apenas tendências de longo prazo de trinta anos ou mais no clima podem indicar mudanças climáticas, e essas tendências de longo prazo no agravamento de eventos climáticos extremos não são encontradas nos dados.
Conforme destacado pelo Realismo Climático, ‘Eventos climáticos extremos ocorrem há milênios, muitas vezes sem conexão com a influência humana’. O site observa que atribuir cada inundação ou onda de calor às mudanças climáticas ignora a variabilidade natural e não leva em conta as complexidades dos sistemas atmosféricos. Até mesmo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) reconhece a dificuldade de atribuir eventos climáticos específicos a tendências climáticas de longo prazo, afirmando que tal atribuição requer análise rigorosa e não pode se basear em observações anedóticas.
Em suma, a abordagem da OMM é altamente enganosa, usando eventos climáticos como ferramentas de propaganda para vender a narrativa de uma emergência climática. Embora o artigo da OMM se concentre nos impactos imediatos do clima extremo, ele convenientemente omite um fato crítico: as mortes por desastres relacionados ao clima despencaram nos últimos 100 anos. Na década de 1920, o número médio anual global de mortos por esses desastres era de aproximadamente 485.000. Hoje, esse número caiu mais de 98%, para menos de 10.000 por ano. Isso não é evidência de perigo crescente, mas de extraordinário progresso humano.
Conforme detalhado no Climate at a Glance, o declínio dramático nas mortes relacionadas ao clima se deve aos avanços na previsão, resposta a emergências, infraestrutura e tecnologias de comunicação. A capacidade da humanidade de antecipar e se adaptar a condições climáticas extremas melhorou exponencialmente, salvando milhões de vidas e mitigando os impactos de desastres naturais. Longe de sermos mais vulneráveis, somos mais resilientes do que nunca.
Além disso, Watts Up With That destaca que, embora as notícias globais sobre eventos climáticos extremos tenham aumentado – criando a ilusão de piora das condições – a frequência e a intensidade reais de tais eventos permanecem dentro das normas históricas. Isso ressalta a importância do contexto, lembrando aos leitores que escolher eventos extremos enquanto ignora as tendências gerais leva a percepções públicas muito distorcidas e erros caros de políticas governamentais.
Outra falha no argumento da OMM é a suposição de que todos os padrões climáticos incomuns são o resultado da atividade humana. Embora o sistema climático possa ser influenciado por alguns fatores antropogênicos, ele também está altamente sujeito à variabilidade natural. Fenômenos como El Niño, atividade vulcânica e ciclos solares desempenham papéis muito maiores na formação dos padrões climáticos e devem ser considerados ao avaliar as causas de eventos extremos.
Por exemplo, o artigo da OMM faz referência a chuvas e inundações recordes em 2024, o que implica que são sem precedentes. No entanto, conforme observado pelo Realismo Climático, os dados históricos mostram eventos semelhantes ocorrendo muito antes da industrialização. Ignorar esse contexto histórico cria uma visão distorcida das condições atuais e promove alarmismos desnecessários.
A abordagem da OMM é emblemática de uma tendência mais ampla nos relatórios climáticos: usar eventos climáticos de curto prazo como prova de mudanças climáticas de longo prazo. Essa tática não é apenas cientificamente falha, mas também perigosamente enganosa. Ao confundir tempo e clima, essas narrativas corroem a confiança do público na ciência e promovem políticas que muitas vezes são mais prejudiciais do que os fenômenos que pretendem abordar.
Essa retórica alarmista tem consequências no mundo real, impulsionando políticas economicamente desastrosas que prejudicam desproporcionalmente as populações mais pobres do mundo. Por exemplo, desviar recursos para combater ameaças climáticas exageradas pode deixar as comunidades menos preparadas para desafios imediatos, como pobreza, doenças e desastres naturais reais.”
Então diante da matéria fica muito claro que usar argumentos sem nenhuma base cientifica ou evidências pode gerar piadas de todos os gêneros como esta.
“Então a menininha disse à ‘fessora’: Meu irmão acha que é uma galinha. A professora respondeu: Oh, Deus do céu! O que é que vocês estão fazendo para ajudar o pobre menino? A menininha respondeu: Nada. Mamãe diz que a gente tá precisando de ovos.” – Anônimo.