Martin Seligman, conhecido mundialmente como “o doutor da felicidade”, foi presidente da American Psychological Association (APA) e é o criador da Psicologia Positiva. Como professor de psicopatologia, ele questionou o modelo dominante da psicologia moderna: o modelo da doença.
Segundo Seligman, psicólogos e psiquiatras passaram anos se especializando em identificar o que estava errado com as pessoas, transformando-se em vitimólogos e patologizadores. A ênfase estava sempre no transtorno, no déficit, no rótulo. A missão era localizar “o defeito” e enquadrar alguém em algum diagnóstico.
O resultado? Uma indústria de classificação de doenças mentais que, em vez de curar, estigmatiza. Pessoas deixam de ser indivíduos para se tornarem rótulos.
Seligman propõe outra rota:
Não foque apenas na doença; desenvolva os pontos fortes. Conserte danos, mas fortaleça as virtudes. A psicologia positiva nasce desse deslocamento de olhar.
Ela se organiza em quatro pilares:
1. Realizações – estabelecer metas e avançar em direção a elas.
2. Propósito – entender o porquê da vida.
3. Engajamento – envolver-se com paixão no que se faz.
4. Relacionamentos – nutrir conexões saudáveis.
A equação é simples: faça o que você ama, com pessoas que você ama, por um propósito que vale a pena, e avance na direção de conquistas significativas.
E tudo isso está nas Escrituras há milhares de anos.
Deus nunca negou a verdade sobre o que está errado, mas sempre reforçou o que é bom nas pessoas.
A Simão (instável) Ele dá um nome novo: Pedro, Rocha.
A Gideão, escondido com medo, Ele revela o que ninguém via: valente guerreiro.
Deus não fala com quem somos apenas, mas com quem podemos nos tornar.
Nossa percepção dos outros é o reflexo de nosso mundo interior.
A vida é um espelho gigante: o que damos, volta.
Jesus disse:
“Com a medida com que julgardes, sereis julgados.”
Por isso:
Abra mão da crítica constante. Suspenda julgamentos. Escolha no que prestar atenção.
Não ria de piadas que custam a dignidade de alguém. Cultive bons relacionamentos.
Tenha um repertório de amizades significativas que elevam a vida.
Crie dias intencionais. Alimente emoções positivas.
Fique atento às oportunidades do presente.
Seja grato. Os agradecidos sempre são engrandecidos. Casais felizes não investem energia em achar defeitos um no outro; Eles identificam forças, criam memórias, servem juntos, e constroem momentos de poder. Por isso, esvazie-se do ódio, da inveja, da amargura, da depressão. Tenha margem na vida: espaço na agenda, algum dinheiro sobrando, energia emocional para suportar imprevistos. Seja resiliente. Resiliência não é dureza: é flexibilidade. Quando a vida te desafiar, você pode escolher afundar ou crescer.
A resiliência é o entendimento de que as dificuldades são temporárias e a realidade é mutável. Deus se move por ciclos e estações. Um novo ciclo está diante de você. Mas, se tentar viver o novo com a mentalidade do velho, perderá o que Deus preparou.
Faça um inventário do bem que já recebeu. Encontre sua voz. Defina sua atmosfera emocional. Mude seu olhar.
Pergunte-se:
Quem você precisa perdoar?
Quais dons você deve nutrir nos seus filhos?
No seu trabalho, o que te energiza?
Qual problema do mundo mais te incomoda?
Que diferença você quer deixar antes de partir?
Reforce o positivo.
Pare de fazer publicidade do que deu errado. Mude o foco.
Davi vivia assim. Ele afirmou: “Eu creio que verei a bondade de Deus na terra dos viventes.”
Creia comigo: você também verá.
A transformação começa quando mudamos a forma de olhar.

