O dia estava só começando, liguei a TV e comecei a ver os noticiários. Lógico que a notícia principal era a posse do futuro mandatário dos Americanos, Donald Trump, juntamente com as medidas absurdas que ele, em campanha, disse que iria tomar. Algumas beiravam contrariar os direitos humanos, assim como a democracia mundial, pois algumas se tratava de medidas puramente arbitrárias ou uma simples questão de ego inflado. Porém, confesso que fiquei surpreso com a quantidade de brasileiros felizes com sua vitória, mesmo aqueles que seriam vítimas desse ego.
Fiquei esperando ver pessoas loiras de olhos azuis usando o boné “make America great again” festejando a volta ao trono do rei, fritando Hamburger, Salsichas e tomando Coca-Cola ou Mountain Dew(refrigerante muito usado no Estados Unidos). Mas o que eu vi foi vários brasileiros fazendo festa com o resultado das eleições Estadunidenses, como se fosse uma final de copa do mundo, a qual o Brasil fosse o ganhador.
Lógico que para muitos americanos, o retorno de Dog Trump à Casa Branca foi uma reviravolta de 360º, aliás, para toda ala conservadora bolsonarista que não medirão esforços para culpar a Esquerda, trocando apenas o termo PT por Partido Democrata, como afirmou Mônica Bergamo:”Kamala deveria ter conversado com a Dona maria de Ohio”, “os democratas não serviram café com bolo o suficiente para virar o voto dos americanos”, “Não é a Beyonce organizando sarau no apartamento de Caetano Veloso que fará a esquerda vencer a eleição presidencial.
Ir à posse do novo mandatário Norte -Americano, como se esse o dia fosse o mais importante de 2025, tornou-se o desejo de muitos brasileiros. Desde as pessoas simples às mais conhecidas, incluindo as do meio político, os quais diziam terem recebido convites especiais para a posse. Eram políticos, mitos inelegíveis, pobres de direita, religiosos já santificados etc. O curral estava repleto e feliz.
Então resolvi assistir a posse do então Presidente dos Estados Unidos para ver o Brasil ser representado por suas importantes celebridades, amigas de Elon Musk e Dog Trump, afinal de contas, eles foram devidamente convidados para este grande e memorável evento na terra do Tio Sam, organizado pela direita conservadora norte-americana.
- Ué! Será que eles eraram o endereço? Será que eles perderam a hora? Disse eu a um amigo que estava comigo.
- Eu acho que sim, pois eles não estão na festa, que por sinal, já começou. Disse meu amigo.
Ficamos assistindo a festa de posse vendo alguns ex-presidentes, alguns convidados, chefes de Estado, algumas Celebridades, porém não via aquelas celebridades brasileiras que diziam terem sidas convidadas para aquele” Happy Hour” em solo Americano.
Foi então que descobrimos que eles estavam do lado de fora sob frio e neve que caiam naquele dia tão memorável. - Ah, eles não quiseram entrar, talvez tenham preferido curtir a neve e fazer seus bonecos. Mas olha, eles são tão chiques que estão todos vestidos com roupas de gala para estarem curtindo a neve. Disse eu em tom de surpresa.
Havia até ex-primeira-dama, toda bem-produzida e acompanhada da foto de seu ex-presidente, agora inelegível e impedido de sair do país, fazendo protesto medíocre sob o frio, ou lendo algumas palavras já escritas a fim de lacrar nas redes sociais. Enquanto outros, estavam em uma sala, longe do salão da posse, dançando e festejando eu não sei o que. Talvez a cassação da Dama de vermelho. (The Lady in red)
Então pensei: – Acho que a festa não era tão importante quanto saborear o frio e a neve dos norte-americanos. Mas na verdade eles foram “Barrados no baile”, uma vergonha tamanha ou como diria no realismo político: Os capachos vira-latas de direita ficaram só chupando o dedo ou seu próprio picolé, pois tiveram que ficar no frio do lado de fora do grande evento, como se fossem aqueles cachorrinhos pobres coitados que ficando vendo o frango assar sem nenhuma chance de comê-los.
Toda esses vira-latas conservadores ficaram isolados na posse de Dog Trump. Não vi nenhuma foto deles ou dos seus grandes representantes como o filho do inelegível ou de sua esposa, os quais se dizem serem amigos particulares de Donald.
Esperei atento pela fala do Presidente Americano para ver se ele mencionava o nome ou mencionava a falta de seu mais Nobre amigo, aquele que batia continência à bandeira americana, que dizia a seu gado que era amigo particular do novo mandatário e que trocavam figurinhas toda semana.
Fiquei chocado por não ter ouvido nada sobre o vira-lata mor e sua matilha. Que decepção eu senti, mas acho que Trump não quis expor o seu “Nobre Friend” afinal, sua posse não era tão importante quanto a amizade deles.
Via que muitos estavam dando risadas com a Gafe cometida pelo clã do imbecil inelegível. Mas ele como um bom guerreiro, nunca se dá por vencido ou fica no chão deitado, derrotado. Ele continuou de pé, em frente ao portão de embarque, chorando e fazendo beicinhos, enquanto a sua amada partia para a América. Uma cena linda para depois ser postada no vitimismo do Instagram.
No dia posterior à festa, já como presidente empoçado, Mr. Trump começa suas ações para fazer a América grande novamente (Make America Great Again) mandando deportar de forma desumana, de volta a seus países, muitos brasileiros e apoiadores latinos de sua campanha.
Fiquei analisando sua fala e me pareceu que Mr. Trump quer criar um muro entre seu país e o resto do mundo em uma autossuficiência narcisista tamanha.
Então eles votaram para construir um muro… pois bem, meus queridos americanos, mesmo que vocês não entendam muito de geografia, já que para vocês a América é seu país e não um continente, é importante que antes de vocês colocarem os primeiros tijolos, vocês descubram o que eles estão deixando do lado de fora desse muro. Existem cerca de 7,7 bilhões de pessoas por aí do lado de fora do muro; Mas como vocês não conhecem bem o termo pessoas, vamos chamá-las de consumidores.
Mas isso é conversa para outra hora…