Para este sábado encerrar e no domingo ingressar,
depois de muitos textos, escrita em profusão,
pensei fazer um pedido à imaginação…
Um pedido sucinto nascido no coração:
Que seja concedido um intervalo.
Intervalo sem espaço nem tempo,
no qual se abriria uma fenda no cosmos,
então, ouviríamos a música das esferas!
Música que espanta fantasmas e pesadelos milenares
contidos no mais nocivo veneno – O MEDO.
Veneno conservado em frascos sigilosos, multifacetados,
com indicação precisa para possibilitar sobre o outro o domínio,
estrangular a alegria e implantar o ódio e a mesquinharia
nos caminhos dos povos em submissão e dor, a bula da agonia.
Assim são constituídos impérios com suas demandas insanas,
sangrando pela terra o jovem e o velho, a criança e a mãe,
sangrando inclusive a biota, a própria Terra, ressecando as fontes
e o verde da primavera. Então, o cinza impera.
Não é uma questão de ser contra ou a favor do sistema de qual governo for.
É saber a dor da agressão e da miséria e de uma vida saber o valor.
É uma questão de bom senso e valores humanos,
igualdade de respeito a todos os seres viventes.
É UMA QUESTÃO DE AMOR À VERDADE. É consciência.
Sei, você sabe, nós atravessamos tempos obscuros, repletos de sombras.
No entanto, acredite, até em tempos de brumas há caminhos de Luz.
Suspenso o medo e seu fiel escudeiro, o ódio, talvez brotassem na mente dos homens, de todos os sexos e idades, os sentimentos de pureza e de justiça, de bondade e de beleza, que se perderam no torpor coletivo do embrutecimento.