O que é a Teologia Luterana (Luteranismo)
1. Curso de Teologia: Visando promover mais estudos bíblicos nos cultos de ensino e de oração nas igrejas do estado do Amapá, o Conselho Estadual de Pastores está realizando um projeto-piloto, todas as quartas-feiras, às 19h, com um Curso de Teologia das Cartas Paulinas, com duas turmas em Macapá. Uma na Zona Norte, no Templo da Congregação “Shallom”, da Assembleia de Deus – Ministério Internacional, presidida pelo Casal Pastor Lourenço Filho e Pastora Selma Queiroz, igreja localizada na Rua Antônio Vidal Madureira, nº 2297, Bairro Novo Horizonte. Outra, na Zona Sul, no Templo da Congregação “Shammah”, ministério presidido pelo Casal Pastor Max David e Pastora Aldine Rodrigues, localizado na Rod. JK, Km 7, Ramal do Mururema, nº 586, entrando em frente ao Residencial Manari.
A série de estudos abordará todas as 13 (treze) epístolas escritas por Paulo, com ênfase nas interpretações defendidas por Lutero, Armínio, Calvino e pela teologia do pentecostalismo clássico e moderno. Vejamos hoje um pouco sobre o Luteranismo.
2. A Teologia Luterana: É de domínio público que a “Teologia Luterana”, ou Luteranismo, é uma vertente do protestantismo focada nos ensinamentos de Martinho Lutero, enfatizando que a salvação é alcançada unicamente pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, e com base na autoridade da Bíblia.
Entretanto, o Luteranismo não nasceu com a Reforma Protestante, movimento reformista cristão iniciado no século XVI, protagonizado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517 com a publicação das suas 95 Teses contra a doutrina e práticas da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR).
Lutero, naquele momento de discordância, não visava sair da ICAR. Inicialmente apenas contestou a corrupção do clero, defendendo uma mudança de postura religiosa baseada na Bíblia e na fé. Mas, o resultado saiu do controle e a conjuntura política, econômica e social da época deflagrou um processo de cisma da Igreja.
De forma mais objetiva, a Teologia Luterana se estabelece alguns anos depois do processo de Reforma, a qual Lutero nem fazia ideia de que estava sendo o “pivô” da mesma. Os “solas” da Reforma é pós Lutero.
O Luteranismo passa a se configurar com a excomunhão de Lutero pela ICAR, com o afastamento da Alemanha da esfera de poder da Igreja Católica e com a tradução da Bíblia para o idioma alemão, produzida por Lutero. A Alemanha, então, torna-se o primeiro país a aderir à Teologia Luterana. Depois, os países escandinavos (Suécia, Noruega e Dinamarca). No século XIX, a emigração alemã e escandinava levou o Luteranismo para as Américas do Norte e do Sul. Por fim, nos séculos XIX e XX, foram fundadas igrejas luteranas na África, na Ásia e na Oceania.
Além do maior postulado da Teologia Luterana, que diz que a salvação somente é alcançada pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, e com base na autoridade da Bíblia, a mesma possui muitas outras características marcantes como, por exemplo: (i) A Igreja é onde Jesus está e o que Deus vê; (ii) A Palavra de Deus é que faz o diagnóstico do pecado; (iii) Deus nos julga pela sua palavra e não pelos nossos atos: (iv) A nossa vida deve ser uma grande oração; etc.
Outro ponto de alta relevância para a Teologia de Lutero é a “Teoria dos Dois Reinos”, quando ele ensina que Deus governa o mundo através de duas esferas distintas: o Reino espiritual, onde governa pela fé e pelo Evangelho, e o Reino terreno, onde age através da lei e da autoridade civil. Esta doutrina serve para delimitar as esferas de atuação da Igreja e do Estado, garantindo a autonomia da religião e do governo secular sem que um interfira no outro. Esta teoria continua convincente até aos dias hodiernos.
Ainda temos, na Teologia Luterana, a doutrina da cruz (theologia crucis), conceito em que ele afirma que a cruz de Cristo é a única fonte de conhecimento sobre Deus e a salvação, em contraste com a busca de Deus através da razão e dos méritos humanos (teologia da glória). Para Lutero, a cruz é um centro normativo para a vida cristã, enfatizando humildade, fé, amor ao próximo e a compreensão do sofrimento e da dor como vias de acesso ao divino.
Por fim, fazendo uma análise crítica, uma interpretação de escritos acadêmicos relevantes sobre este tema, podemos concluir que o Luteranismo é uma teologia prática e existencial que até hoje concorda e discorda de alguns pontos do Arminianismo e do Calvinismo e permeia a base teológica de igrejas protestantes tradicionais, pentecostais e neopentecostais mundo afora.
3. A Igreja Luterana em Macapá. O Templo Sede Estadual da Igreja Luterana em Macapá está localizado na Av. Felipe Camarão, nº 1247 – Bairro Buritizal e o presidente estadual da Igreja é o Pastor André Buchweitz Plamer. Contato: (51) 98109-7586 e é articulista semana deste jornal A Gazeta. Todos estão convidados a fazerem uma visita a esta igreja abençoada. Amém!
DESTAQUES DA SEMANA
1- As Cartas Paulinas construíram todos os principais trilhos do Cristianismo no mundo inteiro.
2- A Teologia Luterana permeia a base teológica de todas as igrejas evangélicas em toda a Terra.
3- A Igreja Luterana amapaense está na Av. Felipe Camarão, nº 1247, Buritizal e aguarda sua visita.
GESTÃO
O principal feriado do Brasil. O “Sete de Setembro” refere-se ao Dia da Independência do Brasil, um feriado nacional celebrado a 7 de setembro para comemorar a separação do país do Império Português em 1822. A data é marcada por celebrações e desfiles cívico-militares por todo o país, como o que exalta o Brasil Soberano.
Eventos históricos. Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a independência do Brasil, iniciando a trajetória do país como nação soberana. A data é um dos acontecimentos mais importantes da história brasileira, celebrando a independência e a formação do país.
Comemorações. O feriado nacional do Sete de Setembro é celebrado com diversas atividades, incluindo o Desfile Cívico-Militar, que este ano tem o tema “Brasil Soberano”. A celebração serve para relembrar e refletir sobre a história do Brasil.
Fazendo uma comparação ilustrativa com as datas bíblicas, o Sete de Setembro poderia ser comparado com o feriado da páscoa, que celebra a libertação do povo judeu da escravidão no Egito.
ESPECIAL
Sugestão de Leitura nº 36. Livro “Marcos regulatórios da indústria mundial do petróleo”. Autores: Maurício Tiomno Tolmasquim e Helder Queiroz Pinto Junior (Orgs.), Rio de Janeiro: Synergia/EPE, 2011, 327p.
Este livro aborda os principais fatores históricos, políticos e econômicos que contribuem para a compreensão da evolução dos marcos regulatórios da indústria mundial do petróleo.
Reúne um conjunto de países selecionados, buscando identificar os traços marcantes de seus marcos regulatórios. São onze os países estudados. Além do Brasil, analisam-se experiências de Argélia, Angola, Azerbaijão, Cazaquistão, Colômbia, Indonésia, Irã, Líbia, Venezuela e Noruega.
Os condicionantes do mercado internacional e de geopolítica, ao alterarem a correlação de forças e o poder de barganha entre os países consumidores e produtores contribuem decisivamente para engendrar novas conformações nos marcos regulatórios dos países. Como resultado, cada vez mais são frequentes os sistemas regulatórios híbridos, nos quais coexistem diferentes arranjos contratuais.
REFLEXÃO
Tema: Personagens pouco falados. Iscá: Vida íntegra e perspicaz. Gênesis 11.29: “E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.”. Iscá vem do hebraico e significa “vigilante, perspicaz, observadora”.
Contexto histórico: Na Bíblia, Iscá é uma mulher e é mencionada uma única vez no livro de Gênesis 11.29, sendo filha de Harã e irmã de Milca. As tradições rabínicas a associaram a Sara, a esposa de Abraão, alegando que Iscá era outro nome para ela e que o nome significava “profetisa” por sua capacidade de discernimento. No entanto, essa ligação é contestada por estudiosos. Assim, a identidade de Iscá é um mistério, com muitas teorias, mas sem evidências concretas para conectá-la com outras figuras bíblicas.
Lições de vida: 1. Deus honra o anonimato (Hb 6.10): Com apenas uma citação, Iscá é honrada; 2. Deus honra quem o honra (Cl 3.23-24); 3. Deus honra integridade (Pv 10.9); 4. Estejamos atentos em tudo (1 Ts 5.6); 5. Temer a Deus nos torna mais sábio e inteligente (Pv 9.10).
FICA A DICA
ABC do Petróleo – Letra I. Intergeracionalidade. Trata-se de um princípio previsto nos arts. 3º e 225 da Constituição Federal. Este princípio interage diretamente com o Direito do Petróleo, pois este possui duas características que fundamentam o referido princípio: esgotabilidade do produto e alta rentabilidade da produção.
A esgotabilidade diz que o petróleo possui apenas “uma safra”, pois, para a maioria dos estudiosos, o petróleo é um produto finito, esgotável e altamente consumível. Assim, chegará o tempo em que o mesmo não será mais viável e nem será mais disponível. Este fato exige que o assunto seja tratado com os “olhos da integeracionalidade”.
De outro giro, o petróleo é um dos produtos que possui a maior rentabilidade lucrativa do mundo. Desta forma, esta riqueza deve ser gerida com inteligência intergeracional. Entretanto, deve-se refletir sobre a postura de alguns políticos que, ao verem tanta abundância financeira, agem com atitudes populistas, gerando insegurança econômica e instabilidades sociais nocivas para as presentes e futuras gerações. Fonte: IA.