Belém do Pará, capital do Brasil de 11 a 21 de novembro, e o mundo se agita em frêmito nunca visto. Há erros e acertos, é óbvio, o que vale é a intenção e os esforços daqueles que acreditam na capacidade de o ser definir novas metas, respeitar metas antigas, seguir em passo contínuo trabalhando pela florescência de princípios e atos que favoreçam a vida.
Não há vida onde a natureza não é viva. Há desertos, há morte, há dor e o aniquilamento da humanidade.
A Eco-92 – Cúpula da Terra – realizada em 1992 no Rio de Janeiro foi um sopro de Esperança, mais do que isso, foi um vendaval em prol do Desenvolvimento Sustentável. Por um momento parecia que iríamos decolar como humanidade de origem divina. Até a Natureza acreditou, muitos acreditaram. E na intenção sagrada de alguns o mundo respirou, caminhos se aplainaram, a trajetória da Terra e dos terráqueos ganhou novo impulso no mar azul do Universo.
Propostas foram lançadas nas linhas das nações, outros encontros em prol da Terra foram agendados. Linhas gerais de convivência foram lançadas, estudadas, remanejadas com o objetivo de respeitar as Leis da Natureza. Nem tudo era perfeito, havia necessidade de ajustes, mas a meta estava definida, o entendimento era simples e objetivo: homem e natureza participam do mesmo organismo.
Embora simples o conceito de sobrevivência Terra/Ser Humano, ele se mostrou ou encontrou dificuldades para ser aplicado. Houve o Acordo de Paris, em 2015. Acordo este que destacou várias particularidades, criando um vínculo de obrigatoriedade entre as nações pela preservação da Natureza, do Clima. Parecia que o caminho finalmente se delineava.
Não obstante, a contrapartida se agigantou. Os obstáculos criados pelos seres humanos se avolumaram. Havia muito a ser ouvido, discutido e definido nos ambientes específicos. No entanto, oh, ser claudicante… Alguns apenas pensavam onde poderiam lucrar, não em encontrar soluções para toda a comunidade. Há de se considerar que cada região apresenta peculiaridades que devem ser respeitadas em busca de soluções.
O golpe mais duro foi a saída, em 2017, dos EUA do acordo. É grande o poder bélico e econômico daquela nação e acaba por influenciar todo o planeta. Infelizmente, neste caso, para o mal. E o negacionismo continua, estão ausentes da COP 30.
É louvável o esforço do Brasil, centrado na figura do presidente, embora seja cruel de se observar que há em nosso país setores que torcem contra. Trabalham pelo fracasso da COP 30, centrados que estão no ego agigantado da ganância e da irrelevância interna em que se sentem escravizados.
Não me parece que os acordos sejam perfeitos, mas são uma tentativa a ser aperfeiçoada na aplicação em cada metro quadrado do solo abençoado. Caberá a cada habitante do planeta fazer a sua parte, eis aí o segredo. Onde a usura e a ganância forem predominantes o fracasso está decretado. Onde houver boa vontade e esforço conjunto com doses, mesmo homeopáticas, de generosidade, a Esperança da permanência saudável na Nave Terra estará preservada.

