Neste 17 de julho de 2025, Dia dos Protetores das Florestas, não há muito o que comemorar, considerando as notícias que nos chegam do Congresso – a lei aprovada na madrugada.
Floresta amiga, está sendo entregue ao algoz. Floresta sem voz ou falando para ouvidos ocupados com sons instalados em fones com “playlist” estranha. Não será ouvida nem entendida em tais condições.
Floresta que é remanso e regaço da vida, há nelas o tronco que dá suporte e as plantas parasitas que ali habitam em fraternal comunhão. Há os purificadores do ar, os transmissores das chuvas, as garantias da vida em profusão em sua alquimia natural e ativa.
E o Curupira “pira” em meio a tanta confusão. Não da floresta, mas a insana insistência de ilustres senhores autores e defensores da PL da Devastação, da degradação.
Curupira, Caipora, Caiçara, Anhangá, Pai do Mato, entidades das matas, protetores das florestas, o que lhes resta fazer? São lendas, são folclore… A quem recorrer?
O poeta e repentista, Sebastião Dias, já faz tempo fez a Canção das Florestas com um brado indignado cujo teor permanece:
“…a floresta quer chorar;
a natureza está pedindo
pra ninguém lhe assassinar.”