Entre medos e inseguranças, recomeçar também é um bom caminho. A gente costuma ter sempre muito medo de que as coisas deem errado e, em muitos casos, acaba nem tentando. Afinal, é necessário coragem para dar o primeiro passo em qualquer direção, especialmente quando achamos que os ventos não nos são favoráveis.
Na véspera da escrita deste artigo, vi um vídeo da Isabela Matte, no instagram, no qual ela falava que, normalmente, pessoas que pensam menos são mais bem sucedidas. Isso porque quem pensa demais quer tudo muito certo para começar, quer todas as ferramentas, necessita de todos os conhecimentos, quer tudo bem estruturado. A gente considera o que pode dar errado, relativiza tudo, fica com muitas inseguranças e acaba demorando para executar ou, muitas vezes, nem executa… Sonhamos com um castelo, mas não conseguimos colocar a primeira pedra. Ela diz que pessoas que pensam menos e, consequentemente, têm mais sucesso, executam as suas ideias em um tempo muito curto, sem pensar tanto.
É claro que planejamento importa, mas ele não pode ser o passo mais importante do seu negócio a ponto de te paralisar para sempre. A próxima fase precisa existir! A ação gera resultado. Isso já estava no Gênesis, quando dizia que o princípio era o verbo, ou seja, a ação criadora.
Tenho aprendido com a vida que a gente aprende vivendo. O caminho da vida, da nossa jornada, é construído conforme a gente vive, assim como as palavras são escritas conforme finalizamos o percurso de cada letra… O caminho vai se formando conforme andamos, por menor que seja a pernada. Como Mário Quintana já dizia: são os passos que fazem os caminhos.
Não falo só de negócios, mas sobre como lidamos com a vida. Em muitos aspectos e áreas, as coisas precisam ser mais leves… Afinal, para quase tudo na vida existe um jeito. Até já escrevi um artigo chamado “A esperança nas esperanças” no qual disse que “a gente não precisa ter todas as respostas agora. A gente constrói a vida enquanto caminha. O mais importante desse papo eu acho que é: o amanhã é uma eterna construção de muitos ‘hojes’.”
Por falar em construir no caminho, me lembrei de um vídeo da Vic Ripper enquanto escrevia o texto, no qual ela faz inúmeros questionamentos positivos sobre a vida, que vão ao contrário do que normalmente pensamos: e se a receita ficar muito gostosa? E se o seu avião pousar de maneira segura? E se você arriscar e der super certo? E se você não se arrepender de ter falado algo? E se os seus filhos derem certo? E se você for o suficiente? E se você achar o amor que você acha que merece e ele durar? E se o fim daquela coisa não for o seu fim? E se tudo simplesmente der certo?
Para as mentes que pensam muito, olhar para o negativo talvez seja o caminho mais comum. Temos o hábito de pensar demais, de analisar excessivamente as situações, de remoer e se preocupar com decisões, planos, possibilidades… Por isso, acredito, aquele vídeo foi tão interessante.
É fácil criar situações que parecem maiores ou piores do que realmente são e construir narrativas onde pensamentos intrusivos tomam conta. A questão, como disse, é não permitir que os pensamentos nos paralisem ou nos impeçam de agir. Principalmente porque, muitas vezes, as coisas podem simplesmente dar certo, fluir com surpreendente leveza e nos surpreender.
Tenho falado sobre como estamos depressivos e ansiosos, sobre o impacto das redes sociais e seus conteúdos bobos, de dopamina barata, na nossa vida. Acredito que se comparar com os outros faz com que acreditemos menos em nós mesmos também e a superexposição está ligada ao medo de fracassar. Penso que estamos deixando de viver exclusivamente as nossas vidas para viver a vida que as pessoas aprovariam.
Ai, penso: o que os outros têm a ver com você, com o que você faz, com o que você produz? Quem no mundo tem o seu repertório, o seu universo de coisas boas e ruins, o seu conhecimento? Quem depende dos outros a ponto de não viver com plenitude a sua própria vida.
Vamos fazer acontecer!
