Com o Livro da Revelação, a humanidade, num período medido segundo o Tempo Divino, irá estabelecer na Terra os estatutos do Governo de Deus: Novo Céu, Nova Terra, a Nova Jerusalém (Apocalipse, 21:4 a 6).
E o que a nossa mente espiritual pode vislumbrar de tudo isso? Qual é o seu celeste recado? Justamente este: uma Nova Política; uma visão altissimamente fraterna na Religião; Nova Economia; Nova Ciência; Nova Filosofia; Nova Arte; Novo Esporte e assim por diante…
E com a conjunção dessas Sublimes Transformações, a Generosidade Divina nos oferta a Árvore da Vida Eterna, com doze frutos, um para cada mês.
Ela é citada, primeiramente, na Gênese Mosaica: “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e saborosa ao paladar, e a Árvore da Vida no meio do jardim, e a Árvore da Ciência do Bem e do mal” (Gênesis, 2:9).
Nutrir-se desta última foi momentaneamente proibido por Deus às criaturas humanas (Gênesis, 2:17), porque éramos por demais primitivos para saber escolher entre o fruto do Bem e do mal. Na verdade, os seus frutos são sempre bons, nós é que estragamos a qualidade desse Alimento Espiritual, distorcendo a razão de sua existência, como muita gente deturpou as Palavras de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Excelso Estadista. E logo em nome do Divino Amigo, o Ser mais Fraterno que a humanidade conheceu, é que se matou, se perseguiu, se caluniou, se infamou e se torturou de todas as formas! E ninguém pode afirmar que Jesus pregou isso, pois essa sementeira é frontalmente o oposto de Seus Ensinamentos e Exemplos. E o Provedor Celeste demonstrou a todos, com Sua abnegação à humanidade, ser Ele mesmo a Árvore da Vida Eterna, conforme se apresentou a todos nós, dizendo: “Eu sou a Árvore, vós sois os ramos. (…) Sem mim, nada podereis fazer. Jesus” (João, 15:5)
Anatomia atômico-espiritual da Árvore da Vida Eterna
Se, no Antigo Testamento, o acesso à Árvore da Ciência do Bem e do mal fora impedido, no Apocalipse, os seres terrenos — Adão e Eva multiplicados e sublimados — recebem a permissão de se alimentar da Majestosa Árvore da Vida Eterna, fonte da Ciência do Bem Infinito. É o que podemos ler na Carta de Jesus à Igreja em Éfeso (Apocalipse, 2:7): “Ao vencedor darei a comer os frutos da Árvore da Vida Eterna que se encontra no paraíso de meu Deus”.
Ou seja, há de se perseverar, purificar-se no fogo das provas e vencer-se a si mesmo para, com equilíbrio e sabedoria, obter tal acesso. E onde encontramos a descrição da anatomia atômico-espiritual da essência dessa Árvore? Leiamos o versículo 2 do capítulo 22 sobre a vinda da Nova Jerusalém (Apocalipse, 21 e 22), a Cidade Santa, que desce da Parte de Deus aos seres humanos:
1 E ele [o Anjo] me mostrou o Rio da Água da Vida Eterna, resplandecente como cristal, que sai do trono de Deus e do Cristo.
2 No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a Árvore da Vida Eterna, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as suas folhas servem para a cura das nações.
A Árvore da Vida Eterna é um Tesouro Espiritual, cuja origem — notaram?! — “é o paraíso de meu Deus”, testificada por Jesus, em Sua Carta à Igreja em Éfeso (Apocalipse, 2:7). Quem a irriga é o próprio Deus com os Seus Fluidos Vivificantes e ainda a faz banhar no Rio da Água da Vida Eterna. Logo, ela não é um acúmulo de folhas, caule, tronco, raízes, que os anos consumirão, tornando-a subsistência para o solo, com sua decomposição orgânica, absolutamente! Trata-se de Elemento Quintessenciado, Divino Alimento para o Espírito, por isso é eterna. Portanto, pode haver praga, escassez, quebra de safra, seca, inundação, enfim, qualquer tipo de problema, todavia o fértil vegetal estará sempre produzindo o seu fruto abençoado. Com ele, a fome cessará, as pandemias não mais surgirão e o flagelo da guerra deixará de habitar o coração humano. Seus sublimes nutrientes nos darão sustento para vencermos o sofrimento do corpo e da Alma.
Atenção, Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus! Atenção, Soldadinhos de Deus, da LBV — “Esperança do mundo”, como proclama o Irmão Alziro Zarur (1914-1979)! Cumpre a nós nos fazermos merecedores dessa incomparável iguaria.
Silos espirituais abastecidos
Vejam como o Pai Celestial é atento às nossas carências espirituais e materiais. A Árvore da Vida Eterna dá doze frutos, um para cada mês, razão porque os nossos silos espirituais estarão abastecidos o ano todo. E Deus, o Cristo e o Espírito Santo são fontes de Amor Universal, de Fraternidade sem fronteiras, de Generosidade incondicional.
Ora, se acreditarmos e nos integrarmos na faixa desse Amor Fraterno, coluna do Novo Céu, da Nova Terra, da Nova Jerusalém, assistiremos — como paradigmas de uma profunda mudança estrutural na sociedade do mundo, a partir do Espírito — à transformação de tudo: “Eis que faço novas todas as coisas”, diz o Senhor, no versículo 5 do capítulo 21 do Apocalipse. E aí a Economia Divina — “eis que faço novas todas as coisas” — passa a iluminar a Economia humana, tão carente de claridade nova, e tudo se modificará com bases espirituais-sustentáveis. E assim é a Árvore da Vida Eterna, exemplo de fartura infinita: dá doze frutos, alimento sobejo para cada mês do ano. Que coisa extraordinária!
Folhas que curam as nações
E como se aproveita tudo na Criação Celeste, “as suas folhas servem para a cura das nações”. Traduzindo, dela se extrai a substância da sabedoria, não somente para o campo da Religião, mas da Ciência, da Política, da Economia, da Arte, do Esporte, da vida pública e doméstica etc. Portanto, não haverá mais fome espiritual e material na Jerusalém Celeste (Apocalipse, capítulos 21 e 22), porque saberemos manipular as suas folhas para sanar as dores das nações, porquanto o grande doente é a sociedade humana, a começar por sua parte eterna, o Espírito.
Há os que se valeram da advertência de Deus, na Gênese, proibindo o acesso à Árvore do Bem e do mal — porque os homens eram ignorantes — e usaram esse conhecimento para o malefício das pátrias. Mas, agora, no Apocalipse, aos perseverantes Jesus mostra exatamente onde se localiza a Bendita Árvore da Ciência sublimada pela Política Celeste, que promove o bem-estar dos povos, ao ser retirado dela o Elixir Socio-Divino, que revitaliza o planeta com a Política de Deus — que não se confunde com a terrena, pois se trata da Política para o Espírito Eterno do ser humano.
Outro fato que a define como crucial para a nossa subsistência é que ela vem até nós com a descida da Nova Jerusalém, que é o cumprimento da Promessa Divina, destacada por Pedro, em sua Segunda Epístola, 3:10 a 13, na qual o Príncipe dos Apóstolos defende fervorosamente a Vinda do Filho de Deus:
10 Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas serão assim desfeitas, vivei em santo procedimento,
12 Esperando e apressando a vinda desse Dia do Senhor, por causa do qual o céu incendiado se desfará e os elementos abrasados se derreterão.
13 Nós, porém, segundo a Sua promessa, esperamos Novo Céu e Nova Terra, nos quais habita a Justiça de Deus.
É do Céu para a Terra, minhas Irmãs, do Mundo Invisível para o tangível, meus Irmãos, que ela baixa; é a União das Duas Humanidades em sua maior manifestação. Zarur argumentava que “O segredo do governo dos povos está em unir a humanidade de baixo à Humanidade de Cima”. E o saudoso Proclamador da Religião do Terceiro Milênio ainda assegurava: “É no campo espiritual que se encontram as soluções de todos os problemas que afligem a humanidade”.
Jesus, cura o Brasil e liberta o mundo!
Eis aí: o que era proibido ontem, hoje é permitido pela maturação espiritual dos povos. Na verdade, Deus não impediu que o ser humano fizesse bom uso desse Divino Conhecimento, contudo temporariamente desautorizou o acesso a esse fruto, enquanto não houvesse maturidade espiritual do ser vivente. Conforme lemos, do emprego inadequado dele provêm os malefícios que atormentam a humanidade. Mas desde que, em Seu Evangelho-Apocalipse, Jesus se apresentou como a Estrela da Manhã, a Estrela Dalva, no momento em que Ele iluminou os nossos olhos com o Seu Mandamento Novo — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, consoante João, 13:34 e 35) — merecemos, então, usufruir de todos os benefícios da Árvore da Vida Eterna. Quem é despertado pelo Amor de Cristo Jesus jamais se valerá desses frutos para prejudicar os seus semelhantes.
Por isso, há tantos anos bradamos: Jesus, cura o Brasil e liberta o mundo!
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.