Dois anos depois da Assembleia de Deus, Igreja Católica também muda de presidente no Estado do Amapá
1. Estado do Amapá e a troca das duas principais lideranças do Cristianismo tucuju. Depois da sucessão de líderes na Igreja Evangélica Assembleia de Deus (IEAD-AP), a maior agremiação protestante do estado quando, em 20.11.2022, o Pastor Oton Miranda de Alencar se jubilou aos 79 anos e passou o cajado ao Pastor Iaci Pelaes, de 57 anos, agora foi a vez da ICAR-AP – Igreja Católica Apostólica Romana, com o Bispo Pedro Conti se jubilando aos 75 anos e entregando a presidência da Diocese amapaense ao novo Bispo Antônio de Assis, de 58 anos de idade. A Diocese do Amapá é subordinada à Arquidiocese de Belém do Pará, presidida pelo Arcebispo Metropolitano Dom Alberto Taveira Correa, de quem o Bispo Antonio de Assis era auxiliar.
2. Dom Pedro Conti. Duas décadas dedicadas ao Amapá. O Bispo Diocesano Pedro Conti nasceu em 10.10.1949. Antes de vir a Macapá, foi Bispo em Conceição do Araguaia/PA. Depois, presidiu a ICAR amapaense por vinte anos (2004-2024). Pedro Conti, além de sacerdote, é filósofo e teólogo.
3. Relação com os evangélicos. De acordo com os historiadores, desde a chegada em terras tucuju, em 1916, os evangélicos sempre tiveram relação tensa com os bispos católicos locais. Mas, com Pedro Conti tudo foi muito diferente, pois o mesmo cultivou excelentes relações eclesiásticas e interpessoais com a Igreja Coirmã Evangélica, pois, livre de bairrismos e consciente de sua missão sacerdotal, tratou a todos com o mais alto respeito cristão.
Três momentos históricos tornaram-se indeléveis nesta relação amistosa do Bispo Católico com a Comunidade Evangélica, a saber:
a) O encontro do século. Aconteceu em Macapá, na Sede da Cúria Diocesana, em 4 de dezembro de 2017, às 15 horas, quando o Bispo Católico Dom Pedro Conti com o Bispo Evangélico Pastor Oton Alencar, que estava acompanhado dos pastores Dimas Leite e Gesiel Oliveira. A reunião foi motivada pelo Papa Francisco que orientou seus líderes de todo o Brasil a convidarem as lideranças evangélicas para participarem da Campanha da Fraternidade 2018, cujo tema era o enfrentamento à violência em todos os sentidos que grassa no país.
Mas, o fato que chamou a atenção foi o do encontro acontecer um século depois do encontro do Padre Júlio da ICAR com o Pastor Clímaco Bueno Aza da IEAD, em 1916/17. Lá atrás houve um clima de beligerância entre os dois sacerdotes cristãos, provocado pelas circunstâncias históricas da época; hoje, o ideal da busca pela paz cristã prevaleceu. Isto demonstra como os tempos mudam e as lideranças agora compreendem que é por meio da união que vem a força para enfrentar as mazelas que insistem em querer destruir nossa sociedade. Parabéns bispos! Fonte: Jornal A Gazeta, Coluna Tribuna Crista nº 471, de 17.12.2017.
b) Retribuindo a visita. Novamente os bispos evangélico e católico se encontram, agora na sede da Assembleia de Deus – A Pioneira, em 6.1.18. Agora, o Bispo Pedro Conti foi ao Templo dos Protestantes reafirmar o convite para parceria religiosa contra a escalada da violência, em todos os sentidos, no seio da sociedade, tema da Campanha da Fraternidade daquele ano. Fonte: Jornal A Gazeta, Coluna Tribuna Crista nº 473, de 14.01.2018.
c) Bispo Conti na inauguração da Catedral Evangélica. A Inauguração da Nova Catedral Evangélica do Estado do Amapá aconteceu no Dia do Evangélico. A Assembleia de Deus no Amapá inaugurou sua Nova Catedral na última 5ª feira, 30 de Novembro, no Dia do Evangélico (Lei Estadual nº 827/2004). A programação começou pela manhã, com a “Marcha do Povo de Deus”, que saiu da Fortaleza de Macapá, local onde aportou o Missionário Clímaco Bueno Aza, o primeiro a trazer a semente do evangelho às terras tucuju. À noite, sob a Coordenação do Presidente da Igreja Pastor Iaci Pelaes dos Reis e esposa Pastora Léia Pelaes, na Nova Catedral, localizada na Rua Tiradentes com a Avenida Presidente Vargas, realizaram-se os eventos oficiais, que contaram com a presença de uma multidão de membros, congregados e lideranças da Igreja Anfitriã e de inúmeras autoridades civis, políticas, militares e eclesiásticas, a saber: Pastor Samuel Câmara, Presidente Nacional da Assembleia de Deus no Brasil, acompanhado do filho Felipe Câmara; Ministro de Estado Waldez Góes, representando a Presidência da República; Governador do Estado Clécio Luiz; Dom Pedro Conti, Bispo Estadual da Igreja Católica, acompanhado do Padre Francivaldo… Fonte: Jornal A Gazeta, Coluna Tribuna Crista nº 770, de 03.12.2023.
4. Líder evangélico saúda no Bispo Católico. O Advogado e Reverendo Pastor Besaliel Rodrigues, presidente do Conselho Estadual de Pastores do Amapá, cumprimenta publicamente a chegada do novo líder estadual católico ao Amapá. Disse: “Esperamos que o Bispo Antônio de Assis tenha o mesmo perfil sacerdotal de relacionamento eclesiástico que teve Dom Pedro Conti, que passou vinte anos aqui de plena cadência e elegância pastoral, mormente em relação à Assembleia de Deus e o Bispo Oton Alencar, recém-falecido.”. E arrematou: “Desejamos a Dom Antônio um profícuo mandato sacerdotal em terras tucuju”.
DESTAQUES DA SEMANA
1- Em 2017 o Bispo Católico Dom Pedro Conti recebe visita do Bispo Oton Alencar na Cúria Diocesana.
2- Em 2019 o Bispo Evangélico Oton Alencar recebe em seu Templo a visita do Bispo Dom Pedro Conti.
3- Em 2023 o Bispo Dom Pedro Conti prestigia a inauguração da maior Catedral Evangélica do Amapá.
GESTÃO
4. Novo Bispo Estadual da ICAR-AP. Dom Antônio de Assis Ribeiro nasceu no município de Capitão Poço/PA em 26.07.1966, filho de Hipólito dos Santos Ribeiro (falecido) e Domingas de Assis Ribeiro. Ligado à Congregação dos Salesianos e auxiliar do Arcebispo Metropolitano Taveira de Belém do Pará, foi nomeado pelo Papa Francisco para assumir a ICAR-AP em 18.12.2024, em substituição a Dom Pedro Conti.
Dom Antônio de Assis, além de sacerdote, é filósofo e um dos principais líderes de jovens da CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil. Sua posse como o maior líder da Diocese em Macapá está prevista para o dia 22.02.2025.
O Reverendo Pastor Besaliel Rodrigues, presidente do Conselho Estadual de Pastores do Amapá, cumprimenta publicamente a chegada do novo líder estadual católico ao Amapá, desejando ao mesmo um profícuo mandato sacerdotal em terras tucuju. Mais informações biográficas de Dom Antônio de Assis, ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_de_Assis_Ribeiro.
ESPECIAL
Livro “Teologia das Cartas Paulinas”. As treze Cartas de Paulo comentadas em um único volume. O mercado editorial teológico luso-brasileira acaba de ganhar mais uma Obra esplêndida. Trata-se do Livro “Teologia das Cartas Paulinas”, que tem como Coordenador Geral o Reverendo Pastor José Roberto dos Santos, teólogo dos mais proeminentes da atualidade brasileira. O referido Compêndio foi produzido sob o selo da Editora Os Semeadores, uma das melhores do Brasil no seguimento gospel, sediada em Brasília/DF.
Autoria: Onze pastores do Brasil e de Portugal se reuniram para escrever a Obra Teológica “teologia das Cartas Paulinas”. São eles: 01. Besaliel Rodrigues; 02. Éder Santos; 03. David José Xavier; 04. José Roberto dos Santos (Coord. Geral); 05. Rodrigo Urcino dos Santos; 06. Éder Machado; 07. Daniel Deusdete Araújo Barreto; 08. Marco Antonio Silva Campos; 09. Paulo Gomes; 10. Samuel Martins; E 11. Edimar Ribeiro da Silva.
Conteúdo: Esta Obra Teológica é inédita na CPLP – Comunidade Internacional dos Países de Língua Portuguesa e no Mundo, pois trás uma abordagem ímpar e instrumental sobre todas as epístolas escritas pelo Apóstolo Paulo, o 2º principal personagem do Novo Testamento e da história do Cristianismo mundial.
REFLEXÃO
Tema: A Bíblia e a justiça intergeracional – 8ª parte
Versículos bíblicos sobre o tema “geração”: 1ª Pe 2.9: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”; Salmo 90.1: “Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre, de geração em geração.”; Daniel 4.3: “Como são grandes os seus sinais! como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração.”; Salmo 78.4: “Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez.”; Salmo 79.13: “Então nós, o teu povo, as ovelhas das tuas pastagens, para sempre te louvaremos; de geração em geração cantaremos os teus louvores.”; Êx 3.15: “Disse também Deus a Moisés: “Diga aos israelitas: O Senhor, o Deus dos seus ante¬passados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, enviou-me a vocês. Esse é o meu nome para sempre, nome pelo qual serei lembrado de geração em geração.”; Marcos 13.30: “Eu asseguro a vocês que não passará esta geração até que todas estas coisas aconteçam.”.
FICA A DICA
ABC do Petróleo – Letra P: Participações governamentais. Expressão genérica citada no art. 45 da Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/1997) e no livro “Comentários à Lei do Petróleo”, autora Maria D’Assunção Costa Menezello (São Paulo: Atlas, 2000, p. 138 ss). Diz o citado Art. 45: “O contrato de concessão disporá sobre as seguintes participações governamentais, previstas no edital de licitação: I- bônus de assinatura; II- royalties; III- participação especial; IV- pagamento pela ocupação ou retenção de área.”.
“As participações governamentais são encargos que o concessionário deve pagar em virtude da exploração e da produção de petróleo” (Op. cit.). Os critérios de cálculo e de cobrança são definidos por decreto federal. Vários fatores podem influenciar no regime das participações governamentais. Não há paz doutrinária e nem jurisprudencial sobre a natureza jurídica desta cobrança.
Os quatro itens listados no art. 45 referem-se a encargos financeiros devidos pelos concessionários ao Poder Público, os quais serão analisados individualmente em outras oportunidades. Os itens II e IV são obrigatórios; os demais dependem do sucesso da exploração e produção do petróleo ali extraído.