Essa semana assisti a um vídeo elaborado e divulgado pela nossa, ou particular da atual Presidência da República, da “valente” Polícia Rodoviária Federal.
Incrível força de patrulha e segurança, que no passado chegou a ter uma das maiores admirações e orgulho da sociedade nacional. O acolhimento de respeitos e simpatias eram tantos, que até por isso tornou-se serie nacional em televisão com o famoso Vigilante Rodoviário.
Como tempos mudam e com ele os homens…
Não muito já se passou que lá pelas bordas do Mato Grosso, acompanhada dos não menos “valentes”, servidores do Ibama quando bem armados, ela fechou em dois lados uma rodovia de acesso ao interior, cercando a catorze veículos. Resultado 05 mortos e todos os veículos incendiados.
Nada tardou, em que apressadamente o Ministério do Meio Ambiente viesse a público dizendo que os seriam os servidores os atacados, que sequer feridas justificando mertiolate tiveram. Ação totalmente criminosa para a qual, envolvendo forças armadas federais nenhum inquérito foi sequer aberto.
O mais interessante, que segundo nossos atuais conceitos ou procedimentos jurídicos, se pensar… só pensar em matar qualquer “otoridade” que seja, torna-se golpe de Estado e o foro vai para a mais alta Corte. Logo minha geração que cansou de escutar da própria mãe, que nem eu, “esse menino só matando”. Ainda bem que nem alexandres nem tornozeleiras existiam, senão ela e tantas outras mães a usariam.
Agora o vídeo apostado às “incontroláveis” redes sociais, pela própria PRF, nos faz imaginar que a grande rede de televisão, favorita destes cowboys fardados, ou cansou, perdeu interesse ou no mínimo consideraram que tantas explicitas covardias oficiais poderiam acabar por politicamente vitimizar, a verdadeira sociedade trabalhadora inocentemente atacada e ultrajada, que terminaria por receber simpatizantes ou considerações pelos excessos praticados contra ela.
Indiscutivelmente, as cenas são bem filmadas, com narração impecável. O cara é bom, sabe vender a mercadoria da bravura. Só mesmo o barraco encontrado em plena selva amazônica era feio. Humilde, como aqueles caçadores de sustento próprio, ausentes de filas de ossos políticas. De resto, tornando tudo mais feio, foram destruindo viveres, panelas e tantas ouras coisas que encontraram pela frente. Sem dó nem piedade.
Sem mostrar de onde, alguns cartuchos de “doze” foram paridos, aparecendo no entretanto num passe de mágica cartucho detonado de “38”. Ao encontrarem uma espingarda velha calibre 20, defesa e caça para sustento, emitiram um curto grito de vitória da guerra sem ao menos verem o inimigo que enfrentavam.
Atores de alto custo ao Estado, esbanjando recursos amealhados das algibeiras daqueles que produzem, para obtenção de efeitos cênicos, eles próprios entrevistam um deles sobre a vitoriosa missão empreendida. E o personagem estava mascarado, para permanecer anônimo ou incógnito. Também no meu tempo, em filmes do faroeste quem usava máscara eram os assaltantes de bancos, diligências ou vigarices outras. O uso da máscara pelos das leis, só o Zorro.
Já estou um tanto idoso, reconheço, mas gostaria mesmo de ver realizado o sonho de um dia as formidáveis forças do Estado, Forças Armadas a parte, travarem um bom combate, cara a cara, corpo a corpo, com as elites criminais que dominam nossas grandes capitais. Acho que ia ser uma correria. De quem não sei.
O grande problema da realização desta obra de minha imaginação, é que eles, nas comunidades que dominam com total liberdade, sem nenhum incomodo, têm uma enxurrada de votos tão necessários aos políticos que na reciprocidade não os deixam ser perturbados, deixando-os tranquilos em regime de Estado próprio.
Difícil, muito difícil, na realidade nacional, hoje vivida, em uma Nação que bastante se desenvolveu em todas as áreas, principalmente na tecnológica, a começar do campo, velho abrigo dos inocentes com pouca instrução, não ser notado a necessidade de imediata intervenção de algum socorro de política pública advinda dos ditos protetores de pobres e famintos.
Bastaria descerem destes aviões de hora e combustíveis caríssimos, em quaisquer capital ou cidade para vê-las abarrotadas de moradores de ruas e desgarrados socialmente. Gozado também, que em muitas delas, sem a picanha prometida tem gente demais optando pela maconha, cocaína, craque e outras modernidades do gênero.
Talvez, bem por isso talvez, os povos da Amazonia, não muitos afeitos a tais consumos, estejam tão descriminados e perseguidos. Vingança quem sabe, por possivelmente não serem eleitores do esquema.
Extrativistas do setor mineral, ditos garimpeiros, na floresta selvagem sem rodovias a serem policiadas, produziam legalmente registrados, de oitenta com picos a cem toneladas de ouro. Até o presidente da república de agora, aquela época, quando candidato ao vitorioso primeiro mandato, em seus discursos pelos Carajás e outras terras sem fins na Amazonia, muito os exaltavam. Contava mesmo as centenárias histórias desse povo trabalhador na conquista e avanço de nossas fronteiras, criando nosso Brasil.
Até que…
O ouro atingiu preços, não diria astronômicos, em função de desvalorizações de moedas mundiais, mas de qualquer forma com preço de boa resposta ao trabalho de sua extração. Razoável pensar que três graminhas do valioso metal superam bem o escravizador salário-mínimo.
O que não só amazônidas, garimpeiros, honestos políticos esqueceram, foi dos valores das minas que a turma de pés no chão está em cima. Uma burrice nossa de tamanho amazônico.
Como não perceber o valor de áreas que produzem mais de 80 toneladas ano e há anos do metal considerado um poder econômico planetário e a séculos? Santa inocência só nós mesmo…puta ignorância. Engraçado que essa estultice também é contagiosa, bastando observar que a própria ANM (Agência Nacional de Mineração) desconhecendo a lavra da Constituição Federal, que diz serem eles “prioritários em áreas que atuam” teima baixar portarias, atropelando o que constitucionalistas prescreveram, normas e tamanho de áreas possíveis deles trabalharem.
Em um país de economia instável como o nosso, principalmente quanto a câmbios de moedas alheias, as disputas sobre o tal do ouro serão sempre tangidas pela ganância, ambição extremada e porque não desonestas. Haja visto, o grande investimento de avidas empresas na eleição de “protegidos” políticos, para quando vitoriosos tornarem-se protetores de seus interesses.
Chegam a criar Institutos lobistas, com engravatados de unhas pintadas, para suas ladinas peripécias a fins justificativos, não só seus crimes com centenas vítimas, 320, em seus desastres ecológicos. Ainda assim, administradores da exploração do subsolo nacional, judiciário, fiscais das leis (procuradores), se manifestam dizendo não existir responsáveis de ordem técnica ou criminal. Sequer Ongs se manifestaram. Mais grave, ainda terminam por contar com aval presidencial e supremo, mesmo acontecendo reincidência.
Porra, ninguém foi culpado… brincadeira. “Inocência” das lei sou dos homens…
Mas, a realidade do absurdo aí está. A eles ou as criminosas facções, também a feitos eleitorais, porém hoje riquíssimas, a cavalaria dos destemidos patrulheiros rodoviários, forças nacionais ou aficionados dos verdes esquemas dos Los e Marinas… nunca vão.
Tudo acima está dito em registro de incontestáveis verdades e torna-se incompreensível o total silencio da responsabilidade nacional.
Afinal, que Nação somos nós?
Belo Horizonte/Macapá,10/08/2025
José Altino Machado
Por deferência ao passado: – Quando jovem, durante a década dos 40, menino ainda, morando em chácara às margens da velha Rio-Bahia de chão batido, já se sentia tranquila segurança advinda daqueles postinhos de madeira com as magníficas Harley Davisson estacionadas a porta.
Pelo dia especial de hoje, dos pais, vale recordar que viagens eram vividas aventuras e se notava neles, amparo quase paterno aos viageiros.
Este governo jamais poderia usar por passado tão digno, esta corporação em tão pouco “elogiáveis” ações… JAM
O INCONPREENSIVEL SILENCIO RESPONSAVEL
