ENERGIA MAIS CARA
A bandeira tarifária das contas de energia passará para vermelha, no patamar 1, no mês de junho, anunciou nesta sexta-feira (30) a Aneel. Com a medida, os consumidores terão custo extra de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. “Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o país indicado pelo Operador Nacional do Sistema, projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as termoelétricas”. Em maio, a Aneel acionou a bandeira amarela, em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano, e as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara”, explicou a Aneel.
NOVAS TARIFAS
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no país. Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta de energia sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Na bandeira amarela, o acréscimo é de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha tem dois patamares. No primeiro, a tarifa sofre acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora kWh consumido. No patamar dois, o valor passa para R$ 7,877 para cada 100 quilowatt-hora kWh consumido.
MEMÓRIAS
Acostumado a provocar reflexões humoradas com suas tirinhas, o cartunista gaúcho Rafael Corrêa ficou preocupado quando, depois de caminhadas que o faziam sorrir, passou a sentir a perna pesar. Naquele ano de 2010, o artista, com 33 anos de idade, ficou surpreso quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. Não se desesperou. Transformou o laudo em mais arte visibilidade para um tema ainda cercado de preconceitos. No último final de semana, no Dia Mundial da Esclerose Múltipla, Rafael prosseguiu com a série de exibições de divulgação, em Brasília, no Cine Brasília, com debate, do filme Memórias de um esclerosado, de 75 minutos, que produziu com a amiga cineasta Thaís Fernandes. sábado (31), o filme foi assistido o Horizonte, no Cine Humberto Mauro, às 16h, e no Recife, no Cine São Luiz, às 14h30, com exibição no domingo, às 18h. Nesta segunda-feira (2) e na quarta-feira (4) da próxima semana, estará no Cine Metrópolis, em Vitória, às 20h10, e na terça-feira (3), às 15h15. Também na terça-feira, às 20h, será exibido em Niterói, às 20h. Durante sua passagem por Brasília, ele explicou que a ideia do filme nasceu de uma autobiografia em quadrinhos. Um problema foi que, depois do sintoma nas pernas, a doença atingiu o braço esquerdo do artista, que é canhoto.
SOB PRESSÃO
Novas ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, à China provocaram instabilidade no mercado financeiro no último final de semana. O dólar subiu e encerrou maio R$ 5,70. A bolsa de valores caiu mais de 1%, mas fechou o mês em alta. O dólar comercial encerrou na sexta vendido a R$ 5,718, com alta de R$ 0,052 (+0,91%). A cotação operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,73. A moeda norte-americana está no maior valor desde 7 de maio. A divisa, que acumulava queda no mês até a quinta-feira (29), fechou maio com alta de 0,78% no mês. 7,45%. No mercadodeações,odia foi marcado pela instabilidade.OíndiceIbovespa, da B3, fechou aos 137.027 pontos, com queda de 1,09%. Apesar do recuo nesta sexta, o indicador subiu 1,45% em maio, o terceiro mês consecutivo de alta. A elevação de tom do presidente Trump em relação a China repercutiu no mercado financeiro. Em postagem em sua rede social, Trump acusou o país asiático de violar um acordo para reduzir tarifas e amenizar restrições a minerais essenciais. A afirmação fez o dólar subir perante as moedas de países emergentes. Fatores domésticos também afetaram o mercado financeiro. No último dia útil de maio, a formação da Taxa Ptax, média da taxa de câmbio do dia, pressionou a cotação do dólar. A Ptax é usada para corrigir passivos do governo vinculados com o câmbio, como a dívida externa, a dívida interna atrelada ao dólar e as reservas internacionais. No caso da bolsa de valores, a divulgação de que o Produto Interno Bruto, cresceu 1,4% no primeiro trimestre afetou as ações. Isso porque a expansão maior que o previsto poderá fazer o Banco Central manter os juros altos por mais tempo, o que tira recursos da bolsa.
LANÇAMENTO
Foi lançada, neste final de semana uma iniciativa para ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias pelo SUS. Para isso, a ideia do governo federal é usar toda a estrutura de saúde do país, tanto pública quanto privada. A expectativa é reduzir o tempo de espera dos pacientes, um gargalo histórico e que se agravou com a pandemia. O programa propõe uma troca: hospitais privados, filantrópicos e clínicas poderão se credenciar para atender pelo Sistema Único de Saúde. Bom para reduzir as filas por atendimento especializado na rede pública. Em troca, as empresas de saúde que prestarem o serviço poderão quitar dívidas com a União. “É um conjunto de iniciativas que procura, sobretudo, gerar no nosso país uma mobilização máxima de toda a estrutura de saúde que nosso país tem, seja pública, seja privada, pra ter um grande objetivo único: reduzir o tempo de espera pra atendimento especializado no nosso país”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Uma das prioridades é aproveitar ao máximo a capacidade da rede pública, com a realização de mutirões e ampliação dos turnos de atendimento. O Ministério da Saúde vai garantir também a assistência especializada em regiões desassistidas, com a disponibilização de carretas para consultas e exames. “O que nos movimenta é não continuar esperando uma senhora que, muitas vezes, fica seis meses, um ano por conta de uma cirurgia de catarata e não consegue mais enxergar seu neto, não consegue mais ler a Bíblia, não consegue mais ter sua autonomia pro dia a dia. O que nos alimenta é trabalhar fortemente em parceria com estados e municípios pra cumprirmos aquilo que é lei: que, em 30 dias, a pessoa tem que ter seu diagnóstico do câncer e, em 60 dias, tem que ter seu tratamento”, afirma o ministro.
“Esse programa é um sonho da minha vida e eu queria que a gente conseguisse concretizá-lo” finalizou o ministro.
REVOGAÇÃO
A Suprema Corte americana permitiu, na última sexta-feira (30), que o governo Trump revogasse o status legal temporário de 532 mil imigrantes venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que vivem nos Estados Unidos. A decisão reforça a iniciativa do presidente republicano de intensificar deportações. Segundo a lei americana, a liberdade condicional de imigração é uma forma de permissão temporária para residir no país por “motivos humanitários urgentes ou benefício público significativo”. A medida permite que os beneficiários vivam e trabalhem nos Estados Unidos, desde que passem por verificações de segurança e tenham um patrocinador financeiro americano. A decisão judicial soma-se à orientação do governo Trump, divulgada na quinta-feira (29), para que o serviço de imigração prenda 3 mil imigrantes irregulares por dia. O número anual de detenções seria superior a um milhão de imigrantes presos.
NEGADO
Em depoimento por videoconferência, os ex-ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, afirmaram, ao STF, desconhecer qualquer envolvimento do ex-presidente Bolsonaro com tentativa de ruptura institucional ou golpe de Estado. Nogueira é atualmente senador da República e Freitas, governador do estado de São Paulo. Os dois foram ouvidos como testemunhas de defesa de Bolsonaro na ação penal que apura o que os investigadores e a Procuradoria-Geral da República chamam de trama golpista para tentar manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022. A audiência foi presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
Freitas afirmou ter visitado Bolsonaro ao menos duas vezes, “por amizade”, no Palácio da Alvorada, em Brasília, após a derrota no pleito. Ciro Nogueira disse que todas as determinações recebidas de Bolsonaro foram para que a transição de governo fosse feita da melhor forma possível. Também foram ouvidos, nesta sexta-feira, o ex-subchefe de assuntos jurídicos da Presidência da República Renato de Lima França e o ex-comandante do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra. Renato negou ter recebido do ex-presidente Jair Bolsonaro pedido para elaboração de estudos para implantação de medidas golpistas após o resultado das eleições de 2022. Já o general Gustavo Henrique Dutra confirmou que participou de uma reunião, no dia 6 de janeiro de 2023, com o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça da gestão de Bolsonaro, Anderson Torres, para pedir ajuda na retirada de pessoas do acampamento golpista montado em frente ao quartel do Exército em Brasília.