Às vezes basta uma letra,
outras uma frase,
outras ainda uma obra inteira sem crase.
Há ocasiões em que somente orquestras
sopram o som necessário para se abrir frestas,
derrubar muros, paredes e bolhas de redes.
Não obstante,
o silêncio ou a página em branco
tantas vezes tantas gritam e denunciam o sufoco
vindo de nosso espanto
diante do surreal e insano cenário do circo armado.
ARMADO para gerar o engano.
Neste torpor de mesclas sem cores e inusitadas,
ditando regras suspeitas com rubricas inadequadas,
sendo como são geograficamente inaceitáveis.
Ouço em meu socorro e da sanidade geral o poeta,
o poeta Mario Benedetti.
“Não te salves
Não fiques parado
a beira do caminho,
não congeles o júbilo.”
Acredito, acredito de fato:
QUEREMOS SER FELIZES.
Isso é humano, é natural e inofensivo.
Logo, portanto, é descabido o ato
de alguns serres dissonantes.
Seres que semeiam discórdia,
jogam gasolina no fogo,
propagam as guerras,
colocam nações contra nações,
óbvio pensando apenas em cifrões.
Pasmem, alguns entre eles se dizem cristãos…
São é o suprassumo da hipocrisia.
Mas, apesar de serem poderosos,
há de raiar o dia no planeta da Alegria.
Quando nenhum governante ou meliante
Se der ao desplante de usurpar fronteiras
com delongas e milongas de desrespeito
para roubar de outros povos a soberania.