“Desde pequenina, não que agora seja grande,
trago perguntas sem respostas.
Não desisto.
Até onde minha vista alcança busco os sinais, os indícios.
Causa-me real espanto a falta de naturalidade ou respeito de os humanos ao falarem com Deus.
Erguem altares de ouro para fazer cobranças aquele a quem chamam de Senhor…
Chamam-no de “Senhor”; no entanto, tratam-no como a um servil escravo submisso.
Relação mais próxima da estabelecida entre a lâmpada de Aladim e seus usurpadores.
Embora, neste caso, exista uma abissal diferença, são apenas três desejos a serem por aquela atendidos, já Deus deve atender a seus desejos infinitamente, dia após dia.
Assim cada qual a seu bel prazer determina.
Proclamam que seu Deus criou os Céus e a Terra e tudo que nela há.
Mas não estão satisfeitos com a criação.
Não agradecem…
Não em gestos de cuidados ou de compaixão,
ou de bondades sequer para garantir a preservação das espécies,
a humana inclusa nesta eclusa.
Atentam contra a vida em todas as esferas e Deus é o doador da vida.
Observo, cada vez mais, atitudes fatais. Eles imersos em seus umbigos,
que servem de abrigo para misantropia, a soberba e a arrogância,
filhas que são da ganância.
Busco, busco e busco, sem jamais me cansar.
Busco por respostas e portais de visões e clarões para minha mente conectar com as verdades simples e abrangentes…
Porque as gentes aqui estão para aprender e usufruir de o que de mais belo há – o dom de saber e amar…
Não desisto, nem desistirei, dançando aos raios do Sol ou sob a luz do luar.
Vim para me encantar, não para fazer chorar ou fenecer a alegria de viver.”
Nota: Trecho de abertura de Reflexões Estelares, desta autora.