A tragédia provocada pelo temporal do dia 15 de fevereiro pode ser considerada a maior da cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio. Com 152 mortes já confirmadas, o número superou o registrado em 1988, quando 134 pessoas morreram após um intenso temporal, que causou deslizamentos e enchentes.
Em 2011, a cidade de Petrópolis também foi atingida por fortes chuvas e 73 perderam a vida. Foi o ano em que o Brasil passou por uma das piores catástrofes climática do país, centenas de pessoas morreram na cidade vizinha, em Friburgo, também na Região Serrana do Rio.
O Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR) elaborado e divulgado em 2017 indicava que mais de 15 mil residências no primeiro distrito de Petrópolis estavam em áreas de risco alto e muito alto para deslizamentos de terra. Foi justamente esta a região mais impactada pelas chuvas de terça-feira, 15, no município.
No total, havia 27.704 casas em regiões de risco alto e muito alto, em locais em grande parte dentro de áreas de preservação permanente (APP’s).
A cidade imperial, como Petrópolis é nacionalmente conhecida, é suscetível a fortes chuvas devido à sua topografia. Mas as ocupações irregulares em encostas e em áreas de proteção permanente (APP) são fatores condicionantes no impacto de eventos climáticos extraordinários como o que se viu.
O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), afirmou que existem áreas de risco em quase toda a cidade e que a constituição dos terrenos propicia desastres em decorrência de chuvas.
Na última terça-feira, choveu em apenas quatro horas, o que era previsto para todo o mês de fevereiro.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foi a maior chuva da história da cidade.

