Traje confortável, geralmente moletom com capuz ou gola alta, cabeça baixa e muito educada. Assim ela é descrita por frequentadores e trabalhadores do comércio no entorno do lago na área mais rica da cidade onde mora desde o ano passado e cumpre, em regime aberto, o período restante da condenação de quase 40 anos pelo assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia, em 2002.
O crime chocou o país. O casal foi morto a pauladas enquanto dormia em casa, na zona sul de São Paulo, por Daniel Cravinhos, na época namorado de Suzane, e o irmão dele, Cristian. A então estudante de direito de 19 anos confessou ter planejado o ataque.
Todos foram condenados por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de fraude processual, porque alteraram a cena do crime para simular um latrocínio.
Suzane voltou ao noticiário na última sexta-feira (26) devido ao nascimento de seu primeiro filho em um hospital particular da cidade de Atibaia, a 25 km de Bragança, onde trabalha o marido dela e pai da criança, o médico Felipe Zecchini.
No hospital, uma funcionária confirmou ter conhecimento da realização do parto, explicando que oficialmente o estabelecimento não revela qualquer dado sobre seus pacientes, como determina a lei.
No dia a dia em Bragança, onde Zecchini é reconhecido como membro de família tradicional, Suzane tenta não chamar a atenção. Cerca de uma semana antes do parto, marcou hora no salão de beleza que fica bem perto do seu endereço, mas se apresentou pelo segundo nome, Louise. Ela só foi reconhecida ao chegar ao local, contou um funcionário a clientes, que se encarregaram de espalhar a história.
Entre os 173 mil habitantes de Bragança também é fácil encontrar gente que jura saber o endereço e até conhecer alguém que já deu de cara com ela no condomínio. As afirmações sobre a residência dela normalmente são fruto de confusão ou fantasia.Quatro endereços atribuídos a Suzane foram informados por dezenas de munícipes na segunda (29), quando a Folha esteve na cidade. Todos errados, embora ficassem no mesmo bairro do discreto edifício onde ela mora.Do circuito interno de câmeras do local chegaram a ser vazadas imagens que mostram o momento em que ela e o marido saem do elevador. O vídeo circula em grupos locais de WhatsApp.
Com informações de Folha de São Paulo