Dando continuidade aos trabalhos desenvolvidos com Órgãos da Segurança Pública na capital amapaense, com gestores de educandários e Secretarias de Educação do Estado e do Município de Macapá, o Ministério Público do Amapá (MP-AP) realizou, por meio da Promotoria de Defesa da Educação (PJDE), na última terça-feira (17), uma reunião que consiste no alinhamento de esforços entre as instituições para o combate à violência nas escolas.
O encontro foi realizado no Complexo Cidadão da Zona Norte, onde funciona a PJDE, com a presença da Guarda Civil Municipal, Policiamento Comunitário Escolar do 2º Batalhão (PM/AP), Secretaria da Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Polícia Civil do Amapá, Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), Centro de Referência Especializado de Assistência Social Zona Sul e Zona Norte (CREAS), Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (SEMAST), Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Secretaria de Estado de Educação (SEMED).
Os principais problemas debatidos – por serem frequentemente detectados no âmbito das escolas – foram: consumo de entorpecentes dentro e nas proximidades dos educandários; assaltos, furtos, estudantes vítimas de abuso sexual na família, bullying, bocas de fumo às proximidades das escolas, automutilação, tendência ao suicídio, etc.
O delegado da DTE, Sidney Leite, explicou a principal função da Delegacia e deixou orientações de abordagem para os gestores escolares. “A nossa principal proposta é combater grandes quantidades de drogas. É importante destacar que o indivíduo que utiliza maconha, não necessariamente usará outras drogas. Nunca foi comprovado que é a porta entrada para outras drogas. Por isso se torna indispensável que haja um canal de comunicação adequado entre a família e os jovens. Precisam ser dialogados os motivos negativos dos entorpecentes”, ressalto disse.
O psicólogo do CREAS, André Romero, afirmou que a principal demanda recebida na instituição, tem sido o abuso sexual infantil. “É importante falar disso. Recebemos demandas diárias de meninas vítimas de abuso sexual infantil, com idade entre 5 e 12 anos; é uma situação séria. É onde se torna nítido que o machismo está enraizado na sociedade. Além disso, em 100% dos casos, o criminoso tem algum vínculo familiar. É grave e, portanto, é necessário que haja mais palestras e mais diálogo dentro das escolas, para que possamos combater esse preconceito com as mulheres, que existe desde a infância”, pontuou.
Na reunião, foi ressaltada pela professora Luzete Góes a importância do Programa E-paz, promovido pelo Governo do Amapá (GEA), onde existe a ferramenta “educapaz”, que tem por objetivo diagnosticar os casos de violência nas escolas.
Em conclusão, diante das principais frentes discutidas, ficaram as sugestões da criação de uma delegacia especializada na investigação de crimes ocorridos no âmbito escolar; um comitê permanente para tratamento da segurança educacional e um Batalhão da PM especializado em policiamento comunitário escolar.
“Existe dor e sofrimento quanto à realidade dessa insegurança dentro e fora das escolas, mas também vimos a esperança nos ditar que é possível mudar esse quadro; vimos que ainda resta uma suprema vontade de proteger os sonhos dessas crianças e adolescentes. Assim, em dias de intenso trabalho, o cansaço vai nos visitar, e como ele não é o melhor dos hóspedes, é importante mantermos a caminhada rumo à fonte da mudança. Pois, como não há lazer na guerra, conclui-se que os verdadeiros guerreiros só conhecem o cansaço quando morrem. Aí, sim, terão a eternidade para descansar. Logo, enquanto vivos, poderemos lustrar o mundo de um novo brilho”, concluiu o titular da PJDE, promotor de Justiça, Roberto da Silva Alvares. (Ascom-MP-AP)
O encontro foi realizado no Complexo Cidadão da Zona Norte, onde funciona a PJDE, com a presença da Guarda Civil Municipal, Policiamento Comunitário Escolar do 2º Batalhão (PM/AP), Secretaria da Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Polícia Civil do Amapá, Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), Centro de Referência Especializado de Assistência Social Zona Sul e Zona Norte (CREAS), Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (SEMAST), Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Secretaria de Estado de Educação (SEMED).
Os principais problemas debatidos – por serem frequentemente detectados no âmbito das escolas – foram: consumo de entorpecentes dentro e nas proximidades dos educandários; assaltos, furtos, estudantes vítimas de abuso sexual na família, bullying, bocas de fumo às proximidades das escolas, automutilação, tendência ao suicídio, etc.
O delegado da DTE, Sidney Leite, explicou a principal função da Delegacia e deixou orientações de abordagem para os gestores escolares. “A nossa principal proposta é combater grandes quantidades de drogas. É importante destacar que o indivíduo que utiliza maconha, não necessariamente usará outras drogas. Nunca foi comprovado que é a porta entrada para outras drogas. Por isso se torna indispensável que haja um canal de comunicação adequado entre a família e os jovens. Precisam ser dialogados os motivos negativos dos entorpecentes”, ressalto disse.
O psicólogo do CREAS, André Romero, afirmou que a principal demanda recebida na instituição, tem sido o abuso sexual infantil. “É importante falar disso. Recebemos demandas diárias de meninas vítimas de abuso sexual infantil, com idade entre 5 e 12 anos; é uma situação séria. É onde se torna nítido que o machismo está enraizado na sociedade. Além disso, em 100% dos casos, o criminoso tem algum vínculo familiar. É grave e, portanto, é necessário que haja mais palestras e mais diálogo dentro das escolas, para que possamos combater esse preconceito com as mulheres, que existe desde a infância”, pontuou.
Na reunião, foi ressaltada pela professora Luzete Góes a importância do Programa E-paz, promovido pelo Governo do Amapá (GEA), onde existe a ferramenta “educapaz”, que tem por objetivo diagnosticar os casos de violência nas escolas.
Em conclusão, diante das principais frentes discutidas, ficaram as sugestões da criação de uma delegacia especializada na investigação de crimes ocorridos no âmbito escolar; um comitê permanente para tratamento da segurança educacional e um Batalhão da PM especializado em policiamento comunitário escolar.
“Existe dor e sofrimento quanto à realidade dessa insegurança dentro e fora das escolas, mas também vimos a esperança nos ditar que é possível mudar esse quadro; vimos que ainda resta uma suprema vontade de proteger os sonhos dessas crianças e adolescentes. Assim, em dias de intenso trabalho, o cansaço vai nos visitar, e como ele não é o melhor dos hóspedes, é importante mantermos a caminhada rumo à fonte da mudança. Pois, como não há lazer na guerra, conclui-se que os verdadeiros guerreiros só conhecem o cansaço quando morrem. Aí, sim, terão a eternidade para descansar. Logo, enquanto vivos, poderemos lustrar o mundo de um novo brilho”, concluiu o titular da PJDE, promotor de Justiça, Roberto da Silva Alvares. (Ascom-MP-AP)