O Dia do Estudante, celebrado em 11 de agosto, é uma data que evoca reflexões profundas sobre o papel e a importância da educação na formação dos cidadãos e no desenvolvimento da sociedade. Milton Nascimento nos brindou com uma letra profunda, filosófica e enigmática da música “Coração de Estudante” feita para um trabalho sobre o ex-presidente João Goulart que evoca a liberdade e a fé na juventude para se libertar dos que produzem grilhões para os indivíduos. Foi muito cantada no fim da ditadura e na morte de Tancredo. Não há quem não associe a música a um movimento revolucionário e libertador, sobretudo os movimentos do universo estudantil onde a esperança e a liberdade adquirem significados transcendentes.
A letra da música “Coração de Estudante” remete diretamente ao coração daqueles que, na juventude, enxergam o mundo com olhos de mudança. Ela é um convite à reflexão sobre o poder transformador da educação e do papel do estudante como agente de revolução e renovação. Na sociedade, o estudante não é apenas um receptor passivo de informações, mas sim um questionador, alguém que se insurge contra injustiças, que busca novas soluções para antigos problemas e que, acima de tudo, acredita no poder da ação coletiva para construir um futuro melhor. A figura do estudante, em sua essência, representa a busca incessante por conhecimento, a curiosidade em compreender o mundo e o desejo de mudar as estruturas que muitas vezes aprisionam e limitam o potencial humano.
No contexto atual, onde as tecnologias transformam a maneira como aprendemos e nos comunicamos, o papel do estudante se torna ainda mais relevante. A capacidade de acessar informações, de se conectar com pessoas de diferentes culturas e de promover mudanças através das redes sociais e outras plataformas digitais, confere ao estudante um poder antes inimaginável. No entanto, esse poder também traz consigo uma grande responsabilidade: a de usar o conhecimento e as ferramentas disponíveis para promover o bem comum, para lutar contra as desigualdades e para garantir que a educação continue sendo um direito universal.
Portanto, o estudante é, por excelência, o motor da mudança. Sua função na sociedade vai além das paredes das instituições de ensino. Ela se estende para todos os espaços onde o conhecimento e a ação podem fazer a diferença. Como diz a letra de “Coração de Estudante”, o estudante é aquele que, com fé e coragem, constrói um mundo onde a liberdade e a justiça são mais do que ideais, são realidades vividas e compartilhadas por todos. Não há como não ouvir ao fundo a música de Milton Nascimento quando há um movimento de mudança na sociedade ou quando o Estado rompe seu papel sociológico e tenta acorrentar seus cidadãos. O estudante, com sua rebeldia abençoada, é sempre um agente social para se renovar as esperanças.