Em evento esta semana no Estado do Amapá, diversos integrantes da Cultura Gospel amapaense foram agraciados com diplomas de Destaque Cultural. A proeminência foi o Apóstolo Órley Alencar, Secretário Geral Estadual de Cultura da Assembleia de Deus no Amapá, presidida pelo Pastor Iaci Pelaes dos Reis.
A titulo de informação, o termo cultura (colere, cultivar ou instruir; cultus, cultivo, instrução) possui a mesma origem do termo “culto”, utilizado pelas religiões protestantes. Cultura e culto possuem significados interligados. Assim, a palavra “cultura” (gênero) não se restringe ao campo da antropologia. Várias áreas do saber humano, como: religião, agronomia, biologia, artes, literatura, sociologia, história, etc., se utilizam de tal expressão.
Na esfera religiosa existem modalidades de cultura: 1. Cultura bíblica; 2. Cultura cristã; 3. Cultura evangélica; 4. Cultura gospel; etc. Todas as sociedades rurais ou urbanas, simples ou complexas, possuem cultura. Não há nenhum ser humano desprovido de cultura, exceto o recém-nascido e o “homo ferus”.
Para os antropólogos, a cultura tem significado amplo: engloba os modos comuns aprendidos da vida, transmitidos pelos indivíduos e grupos em sociedade.
Existem no mundo mais de 160 (cento e sessenta) definições de “cultura”. Para alguns, cultura e comportamento; para outros, consiste em ideias. Há os que consideram como cultura apenas os objetos imateriais, enquanto que outros, ao contrário, aquilo que se refere ao material.
O conceito de cultura varia no tempo, no espaço e na essência. Tylor, Linton, Boas e Malinowski consideram a cultura como ideias. Para Kroeber e kluckhohn, Beals e Hoijer, consiste em abstrações do comportamento aprendido. Leslie A. White apresenta outra abordagem: a cultura deve ser vista não como comportamento, mas em si mesma, ou seja, fora do organismo humano. Ele, Foster e outros, englobam no conceito de cultura os elementos materiais e não materiais da cultura. A colocação de Geertz difere das anteriores, na medida em que propõe a cultura como um “mecanismo de controle” do comportamento.
A cultura, portanto, pode ser analisada, ao mesmo tempo, sob vários enfoques: ideias, crenças, valores, normas, atitudes, padrões de conduta, abstração do comportamento, instituições, técnicas e artefatos.
Dentre todas então, a cultura religiosa pode ser considerada a mais importante, pois ela é a origem, a base, a fonte das demais. Vejamos: 01. É incontestável a importância da cultura religiosa na esfera da música (clássica e pop), da moda (vestimentas litúrgicas e do cotidiano), da literatura (a Bíblia, o principal livro do planeta), da arquitetura (gótica, barroca), da culinária (alimentos bíblicos, sagrados), das artes (gravuras, pinturas etc.), da educação (seminários, escolas confessionais, universidades, como Havard etc.), na economia (antigos burgos ao redor dos templos católicos e os atuais fluxos financeiros diretos e indiretos gerados pelas programações das igrejas), no Direito (canônico, eclesiástico etc.), na linguagem (dialeto evangélico, católico etc.); 02. A importância de intelectuais, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Lutero, Armínio, Calvino, Max Weber, Kierkegaard, dentre tantos; 03. Os símbolos cristãos universais: A cruz, o peixe, a Bíblia; 04. O Calendário Cristão Mundial – antes e depois de Cristo – como “divisor de águas” da História; 05. O principal feriado do Planeta – Dia de Natal e as diversas festas religiosas anuais no Brasil e no mundo inteiro; 06. O Cristianismo, como origem mundial dos Direitos Humanos; 07. A democracia moderna inspirada na eleição do Papa; 08. O papel do discipulado e da catequese na formação do ser humano; 09. Os institutos do casamento religioso, da consagração de crianças etc.; 10. A infinita quantidade de nomes de logradouros públicos, barcos, localidades, cidades, estados, países, oceanos etc. espalhados mundo afora; 11. Os nomes das pessoas mais utilizados no planeta Terra: Maria e José; 12. A participação dos religiosos nas grandes navegações e grandes descobertas da humanidade; 13. A alfabetização das pessoas por meio da leitura da Bíblia; 14. O trabalho de inclusão social desenvolvido pelas atividades culturais das igrejas; 15. O processo de ressocialização de egressos penitenciários por meio de ações culturais; 16. A quantidade incalculável de jornais, revistas, redes de rádios, de TVs, redes sociais etc. pertencentes às religiões em todos os países do Mundo; 17. As Academias de Letras, orquestras, bandas de música, museus, centros de cultura etc. de propriedade das igrejas em geral.
Mas, infelizmente, no Brasil, e em alguns estados como o Amapá, existem preconceitos contra a cultura cristã, como a evangélica, por exemplo. Alguns “doutos” excluem diversos segmentos culturais e privilegiam outros. Parece até que existe povo sem cultura!
Como vimos acima, cultura é tudo o que herdamos dos nossos antepassados, tais como, folclore, ritos religiosos e/ou qualquer produção humana. Por cultura evangélica, por exemplo, entende-se o conjunto de elementos que pertencem ao universo das igrejas evangélicas (históricas, pentecostais e neopentecostais), que se consolidou lentamente desde os tempos mais antigos.
Um fato mais recente, referente à expansão da cultura gospel, é o referente à teledramaturgia da Rede Record de Televisão, que começou a produzir e transmitir para toda a Nação brasileira e diversos países do Mundo as belíssimas novelas com temáticas bíblicas, dentre elas destacando-se as super produções de “Jesus”, “Os dez mandamentos” e “Gênesis”. A cultura gospel faz parte da matriz cultural brasileira em todos os aspectos. Amém!
DESTAQUES DA SEMANA
1- Apóstolo Órley Alencar é o Secretário Superior da Assembleia de Deus no Estado do Amapá.
2- Grupo de representantes da Cultura Gospel amapaense em recente premiação de destaques.
3- Nova Revista da Escola Dominical 2024.2 traz como tema: “João: o Evangelho do Filho de Deus”.
GESTÃO
Caravana Pastoral. O presidente da Assembleia de Deus no Amapá Pastor Iaci Pelaes dos Reis, em conjunto com a 1ª Dama da Igreja Pastora Rosiléia dos Santos de Oliveira Pelaes, está promovendo o Projeto “Caravana do Presidente”. A proposta é visitar todas as Congregações e Campos Regionais filiais da referida denominação instaladas nos diversos bairros, distritos e vilas do município de Macapá, Capital do Estado.
Com este programa de visitação, a presidência quer ver, in loco, como está o trabalho de cada igreja local e de todas as lideranças pastorais espalhadas pela Cidade. Ainda, o plano visa aproximar mais ainda a figura da presidência da entidade religiosa à membresia e a todos os integrantes, levando o calor humano, o abraço e a gratidão a todos que contribuem com o crescimento da Obra de Deus em toda a municipalidade.
Esta semana, o Pastor Iaci Pelaes, esposa e assessoria estiveram no Bairro do Coração (antigo distrito), localizado na Rodovia Duca Serra (estrada que leva ao município de Mazagão), na Zona Oeste da Capital. Lá visitou o Campo Regional (antiga Congregação Bezalel) liderado pelo Pastor Edinaldo Régio e família.
ESPECIAL
Utilidade Pública. Como conseguir a Declaração de Utilidade Pública para sua Associação, sua Igreja etc.? Primeiramente, vale informar que esta declaração é obtida por meio de lei municipal, estadual ou federal; depende do interesse da pessoa jurídica interessada junto ao Poder Legislativo.
Basicamente, os documentos necessários à conquista desta lei de utilidade pública são: 1. Cópia integral do Estatuto autentica; 2. Cópia da Ata de eleição e posse da diretoria em mandato; 3. Cópias do documento de identidade (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), bem como comprovante de residência dos membros da mesa diretora; 4. Cópias do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ; 5. Balanço geral assinado por profissional credenciado Contador junto ao CRC, dos últimos 12 (doze) meses; 6. Relatório detalhado das atividades em que fique evidenciada prestação de serviços à comunidade, nos últimos 4 (quatro) meses; e 7. Provar, em disposição estatutária, que a instituição não remunera, por qualquer forma/meio, os cargos de sua diretoria, conselhos fiscais e deliberativos, que não distribua lucros, vantagens a dirigentes ou associados, sob nenhuma forma de pretexto.
REFLEXÃO
Tema: “Autofagia cristã” – Parte 6 (final): Concluindo este breve série de estudos, diz Gênesis 37.28: “Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.”.
Escolhemos a expressão “Egito” para enfatizar a reflexão de hoje. Depois de vendido, José foi levado para o Egito, que aqui pode significar “tempo desfavorável” “vale”, “deserto”. Muitas vezes acontece na área financeira, emocional, conjugal, em momentos de enfermidades etc.
No meio cristão não deveria ter invejas, ciúmes, pois a essência do evangelho é amar ao próximo como a si mesmo. Mas, há cristãos que não suportam ver seus irmãos distinguidos material, profissional e/ou espiritualmente. José, por ser distinguido por seu pai, por saber ler e escrever melhor, por ter uma túnica colorida, incomodou a alma de seus irmão. Vingança: Ostracismo. Foi vendido para bem longe. Os “josés” de hoje também são “vendidos”, “escanteados”, preteridos, ignorados. Até Jesus foi vendido. Pense nisso!
FICA A DICA
ABC do Petróleo – Letra F: Fundo Social. O que é isso? É o nome jurídico dado pelo direito brasileiro ao “Fundo Soberano” inicialmente inventado pela Noruega, que está sendo imitado mundo afora.
No Brasil, tal fundo foi criado pela Lei Federal nº 12.351/2010, que “dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, sob o regime de partilha de produção, em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas; cria o Fundo Social – FS e dispõe sobre sua estrutura e fontes de recursos; altera dispositivos da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; e dá outras providências.”.
A lei trata de todos estes assuntos, mas o principal tema é o Fundo (Soberano) Social, que consta nos 13 (treze) artigos do Capítulo VII – Do Fundo Social – FS (Arts. 47-60), composto de quatro seções: Seção I- Da Definição e Objetivos do Fundo Social (Arts. 47-48); Seção II- Dos Recursos do Fundo Social (Art. 49); Seção III- Da Política de Investimentos do Fundo Social (Arts. 50-57); e Seção IV- Da Gestão do Fundo Social (Arts. 58-60). Recomendamos a todos a leitura desta lei.