Uma tentativa de fuga foi registrada na madrugada desta quinta-feira (28/3) na Penitenciária Joaquim de Sylos Cintra, em Casa Branca, no interior de São Paulo. Quatro detentos tentavam escapar da prisão e acabaram desistindo após um deles ser baleado na perna.
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP) alega que poucos agentes foram mobilizados para a ação e que seus equipamentos de comunicação e armas de fogo falharam. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) nega as denúncias.
Segundo a SAP, o caso aconteceu quando o quarteto acessou a área próxima ao muro da unidade após danificar parte do concreto da abertura de ventilação da cela. A pasta ainda afirma que, assim que um dos suspeitos tentou escalar o alambrado, um dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVPs) realizou um disparo de advertência, o que não impediu o preso de continuar.
Ao observar a persistência do ato, o funcionário se viu obrigado a atirar em uma das pernas do detento. Após o homem ser neutralizado, o restante do grupo desistiu de prosseguir com a fuga.
O homem ferido está hospitalizado e não corre risco de morrer, informou a secretaria. Foram apreendidas cordas artesanais com os suspeitos. Os envolvidos estão em uma cela disciplinar e serão transferidos de unidade após autorização do Poder Judiciário.
Poucos servidores e superlotação
Em nota, o SIFUSPESP afirmou que haviam apenas três torres de vigilância operando no momento da tentativa de fuga. Além disso, o sindicato diz que apenas metade do número necessário de agentes estava trabalhando no momento.
A organização ainda revela que na hora de intervir para evitar que os detentos escapassem, as armas de fogo dos funcionários falharam, assim como seus aparelhos de comunicação.
O sindicato também critica, em nota, o fato de a penitenciária ter capacidade para 926 presos e atualmente abrigar cerca de 1.462. Além disso, diz que seriam necessários, no mínimo, 25 servidores no plantão e 12 na muralha para cobrir a área que tem mais de cinco mil metros.
Em nota, a SAP diz que as denúncias do sindicato não procedem e que a penitenciária de Casa Branca “opera dentro dos padrões de ordem e disciplina”. Além disso, afirma que todos os equipamentos dos presídio estão em pleno funcionamento.
Com informações Metrópoles