O dia 1º de dezembro, comemorado mundialmente como o dia de luta contra a Aids, foi marcado no Amapá com o lançamento da campanha Dezembro Vermelho. A ação de lançamento aconteceu no Parque do Forte como mini palestras sobre prevenção e cuidados, e oferta de testes rápidos de HIV/Aids, Hepatites B e C e Sífilis e distribuição de preservativos.
A responsável técnica pela SAE/CTA, Virgínia Moreira, reforçou a importância da prevenção. “Estamos engajados neste combate e precisamos chamar a atenção de que a Aids é uma realidade no nosso meio e de que, apesar da existência dos retrovirais, a prevenção ainda é o melhor remédio”, esclareceu.
A dona de casa Fabíola Gomes, 23 anos, foi passear na praça e aproveitou a oportunidade para fazer os testes rápidos. Ela afirma que iniciativas como essas são importantes para a população que, às vezes, não tem tempo de cuidar de sua saúde.
“Acho que toda pessoa precisa fazer os testes para ter certeza da sua saúde. Muitas pessoas têm medo de fazer, e essa conscientização é muito importante para que elas procurem atendimento médico”, disse.
Ao final do evento balões vermelhos e fogos de artifícios foram soltos em homenagem às pessoas que morreram vítimas de doenças relacionadas à Aids.
A programação do ‘Dezembro Vermelho’ continua nesta segunda-feira, 2, com um seminário, a partir das 8h, no auditório da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), em Macapá, localizada no bairro do Buritizal, na zona sul da capital. A atividade é voltada para representantes de movimentos sociais, profissionais de saúde, educadores, entidades governamentais, atores sociais envolvidos no enfrentamento da Aids e imprensa.
Dentro da programação serão apresentados dados epidemiológicos de HIV/Aids no Brasil e no Amapá referentes aos últimos 10 anos. Além disso, os participantes receberão informações sobre as políticas governamentais de enfrentamento, rede de cuidados, estratégias de atendimento e prevenção.
Números da Aids no Amapá
Até outubro de 2019 o SAE/CTA registrou 355 novos casos de testes positivos para HIV. Por mês, mais de 600 pessoas recebem atendimento na unidade. É importante que pessoas que tenham sido expostas a situações de risco, como sexo sem preservativo ou compartilhamento de agulhas, procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e façam o teste para IST’s de forma rápida e gratuita.
Desde 2018 até o momento, foram notificados, no Amapá, mais de 400 casos em todas as faixas etárias. A taxa de mortalidade está em 4,4 mortes por Aids a cada 100 mil habitantes, semelhante à média nacional. Em relação à capital, Macapá ficou com 6,6 mortes.
Em outros indicadores, o estado tem número acima da média do país, como a taxa de HIV em gestantes, com 3,1 casos a cada 1 mil nascidos vivos. Nos últimos 10 anos, em relação a todas as faixas etárias, o Amapá teve aumento de 46,2% na taxa de detecção de Aids.
O estado está na frente de outro indicador negativo: a taxa de detecção da doença entre os menores de 5 anos, com 13,2 casos a cada 100 mil habitantes. A média nacional ficou em 1,9.