O Dia Nacional da Adoção em Macapá reuniu centenas de pessoas no centro comercial para a VI Caminhada pela Adoção. O evento encerrou a programação da Semana da Adoção, uma iniciativa da Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (SAAD) e do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). Com concentração na Praça do Barão do Rio Branco, militantes da causa, famílias e estudantes percorreram a Rua Cândido Mendes até a Fortaleza de São José de Macapá, chamando atenção da sociedade para o ato de adotar.
Ana Carolina Cruz é integrante da SAAD e uma das coordenadoras da caminhada. Ela destacou que a iniciativa é importante para divulgar a prática da adoção. “Precisamos trazer a nossa causa para a rua, para mostrar que a adoção no nosso estado existe e funciona, não só aqui como também em todo o país”, declarou.
Presente desde a primeira caminhada, a vice-presidente do TJAP, desembargadora Sueli Pini, ressaltou a participação do Judiciário na luta pela adoção. “A Justiça alia-se e soma-se à sociedade local para chamar atenção da necessidade de ampliarmos e melhorarmos os nossos índices de adoção, principalmente da adoção legalizada, porque é ela que vai dar tranquilidade a quem está adotando e à criança que foi adotada”, explicou.
A servidora do TJAP, Euzinete Bentes esteve presente na ação com suas filhas. Mãe de uma filha biológica e três adotivas, ela defende que “a adoção é algo natural e que precisa perder esse preconceito de que vai ser complicado”. “Não escolhi minhas três filhas adotivas, elas me escolheram e eu acredito que foi Deus quem cuidou de entrelaçar nossos caminhos”, complementou.
A atual presidente da SAAD, Shalah Lofti, fala com emoção de sua participação em causa tão nobre, principalmente com a adoção sendo assunto há muitos anos na sua vida. “A gente fica muito emocionada nesses momentos, pois quem vive a adoção na família, na vida real e no dia a dia, já sente isso o tempo todo. O olhar ou o gesto do filho, isso tudo faz parte desse grande presente, e a caminhada vem só consagrar isso”. Shalah Lofti é mãe de duas meninas adotivas, Sara (21 anos) e Sophia (17).
Jamaira da Silva Ferreira é filha adotiva e para ela a adoção representa a oportunidade de dar a mais alguém a oportunidade que ela um dia teve. Hoje mãe de três filhos biológicos, começou o processo de adoção quando não estava conseguindo engravidar de um terceiro filho que tanto desejava. Por enquanto, ela está apenas com a guarda das gêmeas Ana Flávia e Ana Estela, de três anos, mas já considera serem filhas de coração.
“É um amor que eu não sei te explicar. Não vejo como coragem, mas como zelo. Se você me perguntar se tem diferença entre os filhos biológicos e adotivos, eu digo que não, o amor é o mesmo, é um amor incondicional que você não conhece até encontrar esse filho”, declarou Jamaira.
Foram parceiros desta edição da a Assembleia Legislativa, Escola de Idiomas Skill, Escola Estadual Professora Risalva Freitas do Amaral e as faculdades FAMA, FAMAP, FABRAN e UNIFAP.