Eram duas moças como tantas mais,
Estranhas por viverem suas vidas,
Porém fadadas, ambas reprimidas
como essas outras muitas atuais!
Estranhas por viverem suas vidas,
Porém fadadas, ambas reprimidas
como essas outras muitas atuais!
Eram duas moças, que o diga seus pais!
Duma fuga das mães, ambas saídas,
os pais, homens de mentes distraídas,
andavam porres nessas horas tais!
Um dia atraídas eis que as duas,
dando-se as mãos, buscando as bocas suas,
corpos febris molhados em suas poças,
miraram-se no fundo das retinas…
E ao som de suas sôfregas narinas,
amaram-se então essas tais moças!
