Para subir nas pesquisas eleitorais e chegar ao poder, os candidatos fazem de tudo. Há pessoas que durante o ano inteiro, estão enclausuradas, nômades e de uma hora para outra, aparecem; empáticas, sorridentes e prestativas.
Outros utilizam as suas habilidades e dotes artísticos para mostrar suas habilidades. Quando a questão que está em jogo é a busca do voto, ou ainda do não conquistado, os candidatos deverão usar de todas as suas armas para conquistar o eleitorado. As estratégias vão desde as mais simples, como as frequentes; ligações, envio de mensagens, postagens nas redes sociais, vídeos bem produzidos…
Quem pensa que já conhece as mil e uma faces dos políticos, está enganado.
À cada eleição, as estratégias de sedução, com bandeiradas, jingles bem produzidos e a distribuição de panfletos, cederam espaço para ações mais aperfeiçoadas e subliminares, que manipulam os eleitores sem que os mesmos percebam.
Todos os anos, o marcado do marketing político ganha uma nova injeção de conhecimento, com a entrada de novos profissionais, que se propõe a desvendar os pensamentos mais íntimo do eleitor.
Consequentemente, a campanha eleitoral, que deveria ter como alicerce a ideologia partidária e as propostas de governo, passa a ser um jogo milimetricamente estudado e planejado, em que os passos do candidato são coordenados por um profissional do marketing. O bombardeio ao eleitor é composto não apenas por palavras, mas também por uma implosão de cores e seus significados; cartazes, panfletos, santinhos e postagens, que são ligados à imagem veiculada pelo candidato, e se transforma no grito de guerra da militância.
Apesar de muitos estudiosos afirmarem categoricamente que marketing político não ganha eleição, e que “mais importante que apelos audiovisuais são as propostas do candidato”, devemos questionar o grau de veracidade da afirmação.
Afirmo que hoje, as ações e estratégias de marketing político está abrangendo twitter, facebook, tik tok, instagram, whatsapp, live, selfies como ferramentas das estratégias, uma vez que são mídias que alcançam alto nível de influência no voto do eleitorado, sem contar com os panfletos digitais, pois o meio digital tem se tornado um dos maiores instrumentos que o candidato tem para conquistar o poder.
Como não há preparação político-ideológica da população, o marketing político influência diretamente na escolha do voto. Ele significa todo um planejamento e estratégias para conquistar o eleitor, sem que os mesmos percebam que estão sendo induzidos pela propaganda, e quanto mais o candidato investir, mais chances ele terá de ser eleito. A política se transformou em passarela, onde o que funciona e o excesso audiovisual, jingles, bandeiradas, carros adesivados e postagens nas redes sociais. O candidato que não dispõe de capital para investir na campanha tem pouquíssimas chances de se eleger. “a carga excessiva de informação sempre é um dos fatores que mais conquista votos”, “A estrutura da campanha é comparada ao poder do candidato, a simpatia da população as ações e o investimento”.
O marketing político só não surte tanto efeito quando se está em questão a população formadora de opinião. A propaganda em excesso se torna cansativa, mera poluição visual, é por essa razão que o marketing não é destinado para eles, mas para as pessoas com nível de abstração menor, de baixa renda, para o povão. E essa manipulação só irá acabar quando prevalecer à identidade ideológica, quando os partidos deixarem de ser meras agremiações!