Há exatamente um ano, Thaís Oliveira, 25 anos, começou a trabalhar profissionalmente com gastronomia e isso aconteceu em um dos empreendimentos deste segmento instalado no Mercado Central. Mas mesmo antes disso, a jovem já trabalhava com encomendas e vendas de doces. Toda essa experiência acumulada ao longo dos anos lhe rendeu o Prêmio Dólmã, conhecido como o Oscar da gastronomia. A cerimônia que premiou Thaís aconteceu no último fim de semana em Belém do Pará.
A cozinheira conta que sua relação com a gastronomia começou ainda na infância, quando ela via sua avó, tias e mãe na cozinha. “Eu fazia paçoca com avó, queimava castanha e ajudava a fazer pamonha. Desde muito nova eu sempre tive afinidade com a cozinha e isso estava no sangue da minha família, que sempre cozinhou. Eu cresci nesse meio e desenvolvi amor por tudo isso”, afirmou.
Em setembro deste ano, Thaís Oliveira participou da seletiva estadual do Enchefs Brasil, o qual ficou em segundo lugar. Isso habitou a jovem cozinheira a ser uma das concorrentes ao Prêmio Dólmã. “A participação no Enchefs foi surreal e fiz isso por incentivo da minha mãe. Criei um prato e me inscrevi em cima da hora. Dias depois recebi o e-mail dizendo que fui selecionada”, relatou.
O prato que trouxe o título para Thaís Oliveira foi uma releitura de prato que sua avó fazia para ela durante a infância, o bolinho capitão. A proposta da cozinheira foi fazer uma releitura da iguaria, que agora leva, entre outras coisas, queijo qualho e manteiga de garrafa.
“Eu não esperava ganhar porque comecei a trabalhar profissionalmente ainda este ano. Ainda sou muito nova e tenho muito a aprender”, disse.
“Ficou feliz em ter ganhado porque foi uma experiência incrível, especial e ficará marcada para sempre. Daqui pra frente vou estudar mais, aprender mais, honrar o prêmio, a gastronomia e a cultura local. O prêmio traz visibilidade e com isso aparecem muitas oportunidades. Este é o início, uma nova fase na minha vida profissional”, finalizou Thais Oliveira.
O diretor-presidente do Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur), Benício Pontes, diz que o fato de a vencedora do Prêmio Dólmã atuar no Mercado Municipal reafirma o espaço como um polo da gastronomia e da cultura macapaense. “Nossa cidade é rica em cultura e isso se reflete diretamente na gastronomia e o Mercado Municipal consegue reunir em um local vários desses elementos que ficam à disposição da nossa população e dos turistas que visitam a nossa cidade”, comentou.