Segundo informações iniciais, o homem é empresário do ramo de gás no Pará. Em seu perfil no Twitter, há uma foto da bandeira do Brasil como foto principal e diz que tem como origem o município de Xinguara no Pará.
George Sousa teria alugado em novembro um apartamento no Sudoeste, bairro do Distrito Federal, para participar das manifestações em frente ao Exército. O suspeito seria morador de Santarém, oeste do Pará, e teria uma loja na cidade.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, ele foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) no apartamento onde estaria morando no Sudoeste.
Junto dele, segundo a PCDF, foram apreendidos um fuzil, duas espingardas, revolveres, mais de 1 mil munições e artefatos explosivos.
“Se esse material adentrasse o aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar”, disse o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, em coletiva de impresa.
Em depoimento, a PC informou que o homem admitiu o crime. “Ele não afirmou se tinha objetivo de fazer algo durante a posse presidencial na próxima semana, mas confirmou que a intenção era causar um tumulto aqui em Brasília”, informou Robson Cândido.
Segundo a PCDF, o acusado tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). “Ele é CAC, porém tudo que encontramos está fora das normas.
Sendo assim, ele será autuado por porte, posse ilegal de armas de fogo, munição e artefatos explosivos e por crime contra o Estado democrático de direito”, revelou o diretor-geral.
Flávio Dino se manifesta no Twitter
Pelo Twitter, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que está acompanhando a situação. “Estamos acompanhando as apurações sobre o suposto artefato explosivo encontrado em Brasília na manhã deste sábado. Teremos informações oficiais em breve”, disse o ministro.
Em nova manifestação nas redes sociais neste domingo (25), Dino disse que irá “propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável.”
De acordo com o portal Diário do Poder, equipes do esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do DF, desativaram o artefato, que chegou a ser detonado pelo acusado, e o entregaram à Polícia Civil que irá fazer a perícia.
Segundo a PMDF, o objeto estava dentro de uma caixa, abandonada perto de uma loja de automóveis localizada na pista que dá acesso ao aeroporto. Durante a operação, uma das vias de acesso ao aeroporto foi interditada.
O portal G1 informou que o objeto estava em um caminhão de combustível e que, mais cedo, o objeto teria sido detonado pela Polícia Militar.
Outros envolvidos
Segundo o Uol, o delegado-geral da PC-DF, Robson Candido, afirmou que a corporação deve começar a busca por novos envolvidos a partir desta segunda-feira (26).
“Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão”, disse Candido.
Segundo o delegado-geral da PC-DF, George Sousa usou emulsão de pedreira na tentativa de explosão. Esse tipo de produto é explosivo e usado por mineradoras em escavações.
“Vamos verificar a origem. Queremos saber se houve doação ilegal ou furto desse material, usado em pedreiras e garimpos ilegais. É de fácil rastragem, mas a checagem pode levar algumas semanas para ser finalizada”, disse ao Uol.
Com informações de O Liberal

