É uma lesão do tecido mamilar devido ao mal posicionamento do bebê ao mamar.
2. Em decorrência de que aparecem?
Essas lesões ocorrem devido ao mal posicionamento do bebê para mamar, uma vez que isso ocasiona a má pega (Bebê pega apenas o mamilo, quando deveria abocanhar toda a aréola ou parte dela). Outra causa que determina lesões mamilares durante a amamentação é o bebê que nasce com a língua presa, essa alteração além de dificultar a pega correta, faz a língua a roçar no mamilo.
3. Porque é tão importante identificar?
O trauma mamilar é causa comum para o abandono do aleitamento materno, por ocasionar dor e desconforto às puérperas (período pós-parto que se inicia logo após a saída da placenta e dura de 40 a 45 dias). Estima-se que entre 80 e 96% das mulheres experimentaram algum grau de dor na primeira semana após o parto. Dentre os fatores associados identificados em pesquisas, destacam-se a primiparidade (mulheres que pariram ou vão parir a primeira vez), a ausência de uma rede de apoio (parentes com experiência em amamentação), as mamas em condições túrgidas e ingurgitadas (cheias), os mamilos semiprotrusos e/ou malformados, a preensão e posicionamento inadequados do neonato.
4. Como podemos prevenir?
A mulher deve buscar conhecimento da amamentação durante o seu pré-natal. Quando isso não acontece, se tiver dificuldades no pós-parto deve procurar orientação, o mais cedo possível, com uma consultora de aleitamento materno ou ir até o banco de leite das maternidades.
5. Como se faz o tratamento?
Manejo profissional através de uma consultora de amamentação, para correção da pega e do posicionamento, como coadjuvante temos a
laserterapia, que é um tratamento que acelera a cicatrização de fissuras mamárias e apresenta bons resultados com poucas sessões.
6. Como funciona o tratamento com laser nas fissuras mamárias?
O tratamento é indolor e consiste em rápidas aplicações de laser em baixa intensidade na fissura mamilar. Desta forma, o processo de cicatrização é acelerado uma vez que o laser estimula a produção de novas células, além de proporcionar a diminuição das dores nos mamilos.
Convidada
Nádia Cecilia Barros Tostes
– Enfermeira licenciada e bacharel pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
– Mestre em Ciências da Saúde (UNIFAP),
– Doutoranda em Ciências do Cuidado pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
– Docente da Universidade Federal do Amapá.