Uma das mais recentes teses foi o estudo “A Economia da Biodiversidade” encomendado pelo Tesouro britânico à equipe do economista Partha Dasgupta, 78 anos, professor emérito da Universidade de Cambridge. Que deu algumas informações ao Valor:
Dasgupta defende ideias inovadoras, como um arranjo institucional internacional para proteger os bens públicos globais, como oceanos ou as florestas tropicais. “Seria uma taxa de conservação global”, explica. Os recursos poderiam vir da pesca e do transporte marítimo e comercial de áreas nos oceanos que não pertencem a nenhum país. Ajudariam a preservar as florestas tropicais que estão em jurisdições nacionais.
O relatório sugere à comunidade global pensar em criar uma organização transnacional que poderia se reportar à ONU e estar encarregada dos bens públicos globais da nossa biosfera
O Reino Unido tem razão em se preocupar, a ilha com uma população de 61.565.422 habitantes está superpovoada chegando a sua densidade demográfica ao patamar de 252,2 hab./km², enquanto no Brasil a densidade demográfica é de 24,88 hab./km2. Trocando em miúdos temos como alimentar o nosso povo e parte do planeta.
Toda essa campanha contra o Brasil e o Agro brasileiro promovida pela União Europeia conta agora com a adesão dos EUA que usa como moeda de troca uma Reforma Tributária Internacional baseada no aumento da carga tributária sobre os habitantes dos países que concordarem. A regra do jogo mudou, não querem mais tomar a Amazônia, apenas vão declará-la bem público submetido a novo organismo internacional excretado nos corredores da ONU. As engrenagens estão se movendo e esqueceram de nos consultar.
O instrumento utilizado é o amedrontamento através da grande mídia para nos aterrorizar, nos fazer acreditar que se não aderirmos as ideias pregadas e não cometermos o “suicídio produtivo” nenhum pais comprará de nós sequer “dez réis de mel coado”. Nos afogam em uma enxurrada de teses científicas e a grande mídia produz manchetes como esta publicada em 18/04/2021:
EUA e China prometem ação conjunta sobre mudança climática, apesar dos laços tensos.
Felizmente o Brasil não é um pais de idiotas, existem alguns que se apavoram, todavia, ainda existem os céticos que praticam as nobres artes de pensar e raciocinar.
Será que o Xi Jinping está disposto a cometer suicídio político tirando do povo chinês o acesso à energia barata e às empresas o acesso à energia que possibilitará a recuperação econômica da China? Caso alguém acredite que a China, neste momento de crise mundial, vai se unir aos EUA e fechar as portas aos países que a alimentam é bom ler o que publicou a YaleEnvironment 360:
Um risco importante para a China manter uma “sociedade moderadamente próspera” continua sendo a falta de energia para impulsionar sua economia. O carvão continua no centro da economia florescente da China. Em 2019, 58% do consumo total de energia do país veio do carvão, o que ajuda a explicar por que a China é responsável por 28% de todas as emissões globais de CO2. E a China continua a construir usinas termelétricas a carvão em um ritmo que supera o do resto do mundo combinado. Em 2020, a China colocou em operação 38,4 gigawatts de nova energia movida a carvão, mais de três vezes o que era colocado em operação em todos os outros lugares.
Antony Blinken, chefe da chancelaria dos EUA, com pose de conquistador em busca de companhia é capaz de prometer tudo, até casamento, para conseguir o apoio da China na nova cruzada ambiental dos EUA em busca da retomada do domínio do mundo, desta feita incluindo a Ásia. Não adiantou, o pronunciamento de Shi Jinping durante a “Cúpula dos Líderes sobre o Clima” ratificou o que afirmei anteriormente e demonstrou que não se deixa abalar por seduções ou pressões. “Surfou” tranquilamente na onda.
Já o Presidente Bolsonaro deixou bem claro em seu pronunciamento que prefere o multilateralismo sem interferência nos assuntos internos de outros países, proposto por Rússia e China sem se curvar às chantagens europeias. É uma escolha muito fácil entre mais de 5 bilhões de consumidores potenciais que não interferem nas nossas ações internas e 1 e pouco bilhão de habitantes, também consumidores potenciais, cheios de exigências ambientais usando o critério do faça o que digo, não o que faço e o que sempre fiz, interferindo nas nossas políticas internas e reprimindo a nossa independência produtiva.
Paul Antonopoulos, analista geopolítico independente publicou um artigo no “Portal do Brics” que traz algumas informações além dos aconselhamentos de Henry Kissinger:
O alto funcionário chinês Yang Jiechi disse ao secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, em 18 de março no Alasca, que “os Estados Unidos não têm qualificação para dizer que querem falar com a China de uma posição de força”. Em seguida, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo chinês Wang Yi disseram corajosamente dias depois, em 22 de março, durante sua reunião em Pequim, que “juntos salvaguardam o multilateralismo, mantêm o sistema internacional com a ONU em seu núcleo e a ordem internacional baseada no direito internacional, ao mesmo tempo que se opõe firmemente a sanções unilaterais, bem como à interferência nos assuntos internos de outros países.”
Resta avaliar se a aproximação de Joe Biden com a China segue os conselhos de Henry Kissinger ou às manipulações de Angela Dorothea Merkel atual chanceler da Alemanha desde 2005, que nos bastidores comanda a UE, destinadas a isolar e afrontar a Rússia.
Enquanto EUA, Rússia e China disputam de forma tradicional, a União Europeia pretende inovar achacando, chantageando e reprimindo o crescimento dos países em desenvolvimento usando o comércio. A Comissão Europeia adotou em 21 de abril de 2021 um pacote ambicioso e abrangente de medidas para ajudar a melhorar o fluxo de dinheiro para atividades sustentáveis em toda a União Europeia.
Não é possível acreditar que com a insignificante emissão de gases de efeito estufa da ordem de 3% estamos contribuindo decisivamente com o desequilíbrio climático, causando o aquecimento do planeta e por isso vamos permitir que a floresta Amazônica se torne um “bem público” administrado pela “comunidade global”.
Paciência, deixei de acreditar em “Papai Noel” e no “Coelhinho da Páscoa” aos 8 anos de idade.